Abril arrancou com 24 doentes com covid-19 na rede de cuidados continuados

Das 377 unidades da rede de cuidados continuados que forneceram dados ao Ministério da Saúde, apenas nove registaram casos positivos da covid-19. Uma mulher de 93 morreu da doença.

Foto
Nem todos os internados ou funcionários das unidades foram testados PAULO PIMENTA

Há pelo menos 24 pessoas internadas em unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) que estão doentes com covid-19. A doença não chegou à maioria destes espaços, segundo informações reveladas ao PÚBLICO pelo Ministério da Saúde, mas há nove unidades em que os testes realizados identificaram a presença do novo coronavírus SARS-CoV-2. Uma mulher de 93 anos não resistiu à doença e acabou por morrer.

A única vítima mortal da RNCCI, até 1 de Abril, data a que se reportam os dados, estava internada numa unidade de longa duração e manutenção da Santa Casa da Misericórdia de Resende, segundo a informação recolhida pelo ministério de Marta Temida junto de 377 estruturas da rede (97% do total). A mulher acabaria por morrer no hospital para onde foi transferida, depois de o seu estado de saúde se ter deteriorado. E esta transferência não é caso único. “Em cinco unidades foram transferidos seis doentes para os hospitais de referência, por agravamento dos seus estados clínicos”, refere o ministério em resposta escrita.

Nas nove instituições com casos positivos – e que o MS não revela quais são – estão internados 233 utentes. Mas nem todos foram submetidos a testes, já que, segundo os dados recolhidos, entre funcionários e doentes o total de pessoas testadas é de 126 – 78 internados e 48 profissionais. 

O MS refere ainda que todas as unidades da RNCCI “têm o seu plano de contingência em funcionamento” e que este vai sendo “adequado às situações que vão sendo diagnosticadas”. Por regra, estes espaços disponibilizam aos utentes quartos individuais ou duplos, o que permite “a manutenção dos doentes em isolamento e a separação de equipas por organização do trabalho em equipas separadas”, garante a tutela. com Ana Maia

Sugerir correcção
Comentar