Três espanhóis pedem registo de “coronavirus” como marca comercial

O pedido de registo inclui a utilização da marca ‘coronavirus’ para comercializar vários tipos de bebidas, frutas, cereais e artigos de higiene.

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Banco Alimentar em Madrid LUSA/JUANJO MARTIN

Três espanhóis pediram em conjunto para registar ‘coronavirus’ como marca comercial para operar em toda a União Europeia (UE) numa ampla variedade de produtos, desde cereais, frutas e verduras até cerveja, vinho e licores, anuncia este domingo a Efe.

Um dos três particulares que formalizou o pedido em 12 de Março na Agência da Propriedade Intelectual da UE (EUIPO), com sede em Alicante, é um advogado das Astúrias que prefere não ser identificado, que afirmou à Efe que tem um “interesse comercial” em ficar com a marca porque tanto o próprio como os seus dois sócios, de outras zonas de Espanha, são “pessoas de negócios” com “projectos em mente”, que por enquanto preferem não divulgar.

O pedido de registo inclui a utilização da marca ‘coronavirus’ para comercializar cervejas, vinhos, sidras, licores de alta graduação e bebidas espirituosas, bem como bebidas não alcoólicas, como refrescantes e energéticas.

O pedido de registo da marca também inclui a comercialização de cereais, frutas, verduras, hortaliças e artigos de higiene, como toalhitas impregnadas de loções cosméticas ou desodorizantes.

Um porta-voz da EUIPO confirmou à Efe que o pedido foi recebido correctamente e que está em fase de análise e que o processo de registo costuma demorar cerca de quatro semanas para ser decidido.

Apesar da agência de propriedade intelectual da China ter recusado recentemente pedidos similares, os três particulares espanhóis estão esperançados que a EUIPO aprove o registo da marca ‘coronavirus’, porque está excluída das proibições absolutas ou relativas da EUIPO.

A EUIPO não foi a única organização a receber o pedido de registo da marca ‘coronavirus’, afirma a EFE, referindo que o mesmo foi feito em muitas agências nacionais que estão a analisar nos respectivos territórios.

Todos os pedidos têm o denominador comum de terem sido formalizados entre Fevereiro e Março de 2020, em plena propagação da covid-19, segundo a base de dados criada pela EUIPO com a actividade de mais de 70 agências nacionais dos cinco continentes, consultada pela Efe.

Além da agência espanhola de patentes e marcas (OEPM), o registo da marca ‘coronavirus’ também foi pedido em agências nacionais dos Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Bulgária, Argentina, México, Chile e Nova Zelândia.

Alguns pedidos incluíam a marca ‘coronavirus’ e ‘eu sobrevivi ao coronavirus’ nas respectivas línguas.

Os pedidos de registo da marca ‘coronavirus’ é uma das cerca de 160.000 que a EUIPO recebe por ano.

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