Porto quer usar fundos comunitários em computadores para alunos carenciados

“Já se percebeu que não vai haver terceiro período”, justificam os municípios portuenses.

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Alunos precisarão de computadores para enfrentarem o terceiro período lectivo paulo pimenta

A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai propor ao Governo a aquisição de computadores, com recurso a fundos comunitários, para “empréstimo” aos alunos durante o tempo de suspensão das aulas devido à pandemia de covid-19.

A proposta consta de um memorando aprovado hoje pelos 17 municípios que compõem a AMP e onde se defende um conjunto de medidas de apoio às empresas e famílias.

Em declarações à Lusa, o presidente da entidade, Eduardo Vítor Rodrigues, esclareceu que o documento a enviar ao Governo pretende constituir-se como uma primeira abordagem às preocupações dos autarcas da região, entre elas as matérias da escolaridade.

Nesta área propõe-se “a utilização dos fundos comunitários na área do insucesso escolar para adquirir computador e cedê-los por empréstimo aos alunos”, referiu, salientando que “já se percebeu que não vai haver terceiro período”.

Nesse sentido, os municípios propõem que o estado financie a fundo perdido, com recurso a fundos comunitários, a compra de computador e ligação à internet para todos os jovens que não possuam computador ou cujas famílias não reúnam condições para adquirir estes equipamentos.

Rendas, água e demais contas também preocupam

No documento a que a Lusa teve acesso, e que foi aprovado nesta sexta-feira, os municípios defendem ainda a isenção de pagamentos de rendas da habitação social mediante comprovativo de redução de rendimentos e a redução das tarifas de água, resíduos, electricidade, telecomunicações, entres outras.

Pede-se também “que o preço da água em alta, fornecida através das Águas do Douro e Paiva aos Municípios, seja reduzida em 50%”.

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