Covid-19: Forças de segurança com 39 mil agentes e militares na rua para garantir cumprimento das restrições

Estações de comboios e terminais de autocarros vão estar sob vigilância apertada. PSP vai colocar drones a vigiar locais de lazer.

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O diretor de Operações da Guarda Nacional Republicana (GNR), coronel Vítor Rodrigues (E), e o diretor do departamento de Operações da Polícia de Segurança Pública (PSP), Luís Elias (D), na apresentação das operações de patrulhamento. LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Ao todo vão estar no terreno 39 mil membros das forças de segurança para garantir o cumprimento das medidas de restrição, no âmbito das novas regras do estado de emergência.

Para levar a cabo esta operação, a partir desta sexta-feira, a Policia de Segurança Pública (PSP) terá 16 mil polícias na rua e a Guarda Nacional Republicana (GNR) contará com cerca de 23 mil militares.

Numa conferência de imprensa conjunta, realizada esta sexta-feira, no Ministério da Administração Interna, em Lisboa, a GNR e a PSP explicaram que os agentes já estão nas ruas e estradas principais do país, desde esta manhã e que a operação decorre até às 23h59 de quarta-feira, dia 8 de Abril.

Sendo que a partir das zero horas do dia 9 Abril entram em vigor novas restrições à circulação, nomeadamente a proibição de viagens para fora do concelho de residência de cada cidadão e o fecho de aeroportos. Logo também a PS e a GNR iniciam novas operações, mas que apenas vão detalhar numa altura mais próxima.

Foi apenas dada a informação que, a partir do dia 9 de Abril, a PSP vai vigiar terminais de autocarros e estações de comboios para detectar situações em que os cidadãos “tentem sair da área de residência”. 

Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a vigilância será feita com uma atenção especial devido às linhas ferroviárias e rodoviárias que atravessam vários concelhos.

Para já, ficamos a saber que as vias que levem às zonas do interior Norte e Centro, Algarve, centros urbanos importantes e locais de grande aglomeração serão os principais  alvos da intervenção das forças de segurança, nomeadamente da GNR.

A PSP terá uma intervenção mais concentrada dentro dos grandes centros urbanos para verificar situações como: a aglomeração de pessoas, cumprimento das medidas de isolamento, dever de protecção especial e circulação de veículos e pessoas para fora das áreas de responsabilidade da polícia.

Assim, à semelhança do que já aconteceu no último fim-de-semana, a PSP vai organizar operações policiais junto às saídas dos “grandes centros urbanos” .

Durante esta operação, a PSP vai utilizar drones como forma preventiva. Estes equipamentos vão ser utilizados, sobretudo, em espaços públicos de lazer.

A GNR explicou que já usa os drones com “sons e câmaras” em Ovar e no interior do país, bem como nas fronteiras terrestres que não têm presença de militares. Ambas as forças garantiram que vão ser firmes no cumprimento das regras.

No último sábado, dia 28 de Março, segundo dados avançados pelo Expresso, cerca de 20% dos condutores controlados pela PSP e pela GNR não apresentaram motivos justificáveis para quebrar o isolamento social, tendo sido alertados para a necessidade de retornarem, de imediato, a casa.

A nível nacional, a PSP levou a cabo, no último fim-de-semana, 80 operações de vigilância rodoviária, com cerca de quatro mil viaturas controladas.

Já a GNR, no âmbito da Operação “COVID-19 Fique em Casa”, realizou múltiplos controlos em localidades, vilas e cidades por todo o país e nas principais auto-estradas de acesso a Lisboa e Porto (A1, A2, A3 e A4), tendo registado oito contra-ordenações rodoviárias. Foram abordados 4500 condutores.

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