Covid-19: campo de refugiados na Grécia em quarentena depois de 20 casos positivos

Nenhum dos infectados tem, para já, sintomas da doença. O campo, a norte de Atenas, vai ficar 14 dias isolado.

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Campo de Ritsona, a norte de Atenas ALKIS KONSTANTINIDIS/Reuters

Um campo de refugiados a norte de Atenas, na Grécia, com 2500 pessoas, está em quarentena depois de ter sido detectado um caso de infecção por coronavírus. 

Uma refugiada de 19 anos que deu à luz num hospital de Atenas teve um teste com resultado positivo ao novo coronavírus, e foram feitos 63 testes a residentes do campo, dos quais 20 deram, também, positivo. Nenhum dos infectados mostrou até agora sintomas.

É a primeira vez que se registam casos positivos num dos vários campos de refugiados da Grécia, onde organizações não-governamentais avisam há muito para o facto de estar iminente uma catástrofe, sobretudo em campos sobrelotados nas ilhas, onde estão cerca de 40 mil pessoas. 

O campo de Ritsona, a 17 km da capital grega, está agora sob isolamento durante 14 dias e a quarentena será monitorizada pela polícia. O campo tem uma zona de isolamento para pacientes de coronavírus, disseram fontes à Reuters. 

“Esta notícia confirma o que temos vindo a pedir: que é urgente retirar os migrantes das ilhas gregas para países europeus”, disse Leila Bodeux, da Caritas Europa.

O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, disse que o Governo está a tentar melhorar a situação nas ilhas, onde “as condições estão longe do ideal”, mas acrescentou que “a Grécia está basicamente a lidar com este problema sozinha”. “Não temos tido tanto apoio da União Europeia como gostaríamos”.

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