Repatriamento de professores em Timor-Leste “nos próximos dias”

O voo será comparticipado a 50%, cerca de 1300 euros, pelo que cada passageiro assina um documento em que assume esse pagamento.

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Chefe da diplomacia admitiu esta terça-feira a operação em Timor daniel rocha

A Embaixada de Portugal em Díli informou esta quarta-feira que é esperado “nos próximos dias” em Díli um voo para transportar para Lisboa professores, cooperantes e outros cidadãos portugueses em Timor-Leste.

A informação sobre o voo foi comunicada por “email” aos portugueses que já confirmaram a sua vontade de partir, segundo a mensagem a que a agência Lusa teve acesso.

O “email” informa as pessoas que já estão inscritas para o voo -- mais de 200 -- que a viagem deverá acontecer “nos próximos dias” estando apenas a aguardar-se “autorizações de escala e sobrevoo de alguns países”.

Os viajantes devem estar preparados “para partir em breve (...). Serão informados assim que o voo saia de Lisboa, de modo a que possam ultimar os preparativos, evitando por outro lado que, quem se encontre fora de Díli, se desloque com demasiada antecedência”, refere a embaixada.

No “email” é explicado que o voo é comparticipado em 50%, pelo que cada passageiro terá que pagar 1.300 euros “mediante um compromisso de reembolso”, tendo que para isso assinar um documento em que garante o pagamento ao Estado por transferência bancária.

Esta operação destina-se primordialmente a apoiar o regresso temporário de professores sem actividades lectivas presenciais, nos termos a definir pelas entidades competentes, e seus familiares directos”, sublinhava o comunicado.

Fontes dos vários projectos em curso confirmaram à agência Lusa que nem todos os professores destacados em Timor-Leste querem regressar, tendo a oportunidade de utilizar o voo sido oferecida a outros cooperantes no país e, posteriormente, a outros cidadãos portugueses que pediram apoio consular, mas segundo vários critérios, inclusive estado de saúde.

A informação mais recente indica que já confirmaram a sua vontade de partir cerca de 90 dos 135 professores destacados nos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), um projecto luso timorense espalhado por todos os municípios do país.

Somam-se 48 dos 66 professores em mobilidade e de contratação local na Escola Portuguesa de Díli mais os seus familiares e acompanhamentos, num total de 61. Aproveitam ainda um número reduzido de outros cooperantes e seus familiares.

Nesta terça-feira, numa audição na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou que estava em preparação o repatriamento dos professores portugueses de Timor Leste.

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