Ferro leva quinta-feira a plenário voto de pesar pelas vítimas mortais

Reunião de amanhã sevrirá para aprovar também as novas regras do estado de emergência.

Foto
Ferro Rodrigues FRANCISCO ROMAO PEREIRA

O presidente da Assembleia da República leva a plenário na quinta-feira um voto de pesar pelas vítimas mortais da pandemia de covid-19, no qual salienta que o Parlamento continua a fiscalizar o Governo e a administração.

Segundo o balanço feito esta quarta-feira pela Direcção-Geral da Saúde, em Portugal registaram-se 187 mortes e 8251 casos de infecções confirmadas.

“Não podendo ficar indiferente a esta dura realidade, a Assembleia da República (...) expressa o seu pesar pelas vítimas mortais da covi-19, endereçando às famílias enlutadas a sua solidariedade e as mais sinceras condolências”, refere Ferro Rodrigues no seu voto.

No plano político, Ferro Rodrigues salienta que o Parlamento, “enquanto órgão de soberania, e no uso das competências constitucionais, mantém o acompanhamento permanente do evoluir da situação e uma cuidada fiscalização da acção do Governo e da administração, em especial do conjunto de medidas extraordinárias e de carácter urgente de resposta à crise que Portugal e os portugueses atravessam”.

Na perspectiva do presidente da Assembleia da República, em Portugal, “em resultado de medidas restritivas, que se traduziram em limitações a alguns direitos, liberdades e garantias (em especial a direitos de circulação), na decorrência da declaração do estado de emergência - e muito devido ao empenho de toda a sociedade -, foi possível atenuar a transmissão mais acelerada do novo coronavírus e, assim, moderar alguns dos efeitos mais nefastos da pandemia”.

“Portugal e os portugueses têm sabido mobilizar-se, de forma empenhada, disciplinada, paciente e serena, respondendo ao repto das autoridades de saúde e cumprindo as medidas tomadas, evitando situações de risco (para os próprios e para os outros), dando provas da sua grande capacidade de resistência e o grande empenho em vencer esta enorme provação. Uma crise que é de saúde pública, mas é também económica e social”, sustenta.

No entanto, de acordo com o presidente da Assembleia da República, “pese embora a dedicação sem limites, a competência, o profissionalismo e o enorme esforço dos profissionais de saúde - que vão muito além do estrito dever -, são já mais de uma centena as vítimas mortais por covid-19”.

“É esta a expressão mais violenta da pandemia, porque irreversível. Esta é, aliás, uma difícil circunstância, que partilhamos com muitos países e cidadãos do mundo inteiro”, acrescenta

Sugerir correcção
Comentar