O que precisa de saber hoje sobre o novo coronavírus

O número de infectados, os novos casos, os efeitos na economia, as recomendações mais recentes. Acompanhe a evolução da pandemia em Portugal e no mundo.

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Até esta terça-feira foram registadas 160 mortes em Portugal causadas por covid-19. Casos de doença confirmados: 7443. Há 627 doentes internados e 188 nos cuidados intensivos. A maioria das vítimas mortais (84%) tem mais de 80 anos. Como pode ler aqui. Os números foram divulgados no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que actualiza os dados diariamente. A DGS assumiu que podia haver uma “dupla contagem” dos casos no Porto no boletim enviado na segunda-feira. Leia aqui. E também aqui, sobre o desfecho em torno da polémica relacionada com o cordão sanitário no Grande Porto. O Governo excluiu essa hipótese. O resumo da doença no país está neste quadro em baixo.

“Impõe-se manter as medidas de contenção”, diz Marcelo

“Importa manter a pressão na mola”, essa é “uma prioridade para o nosso futuro colectivo imediato”, frisou nesta terça-feira o Presidente da República, depois de ouvir a análise dos epidemiologistas na reunião técnica no Infarmed, em que participaram as mais altas figuras do Estado. Nesse sentido, acrescentou, foi “unânime” a opinião dos especialistas de que as medidas de contenção devem ser mantidas nesta fase. “Este passo dá um fundamento científico reforçado” para a decisão de renovação do estado de emergência, sublinhou. Uma decisão que Marcelo Rebelo de Sousa irá tomar nesta quarta-feira, depois de receber o parecer do Governo. A notícia está aqui. E aqui.

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MÁRIO CRUZ/LUSA

“A pessoa tem um pé-de-meia, mas ele acaba”

As ondas da crise económica provocada pelo novo coronavírus ainda só agora começaram a agitar-se, mas há já quem sinta na pele efeitos dramáticos. Entre todos, aqueles que estão em situações de maior precariedade laboral. Leia aqui algumas histórias.

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Paulo Pimenta

Palácio de Cristal será “hospital de missão”

Dentro de dias, haverá pessoas infectadas com covid-19 a precisar de assistência hospitalar que “não terão lugar nos hospitais de Santo António e São João dada a afluência que se prevê para estas unidades”. A pensar nisso, a Câmara do Porto decidiu construir uma terceira unidade – “um hospital de missão”, nas palavras de Rui Moreira – para servir de “retaguarda” aos grandes centros hospitalares da cidade. Leia aqui.

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Paulo Pimenta

TAP coloca 90% dos trabalhadores em layoff 

A administração da TAP comunicou aos trabalhadores da empresa que vai avançar com o processo de layoff simplificado, com a “suspensão temporária da prestação do trabalho para cerca de 90% dos colaboradores” e “uma redução do período normal de trabalho, em 20%, para os restantes 10%”. No final do ano passado, a TAP empregava nove mil pessoas. Leia o artigo completo aqui.

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Paulo Pimenta

Trabalhadores em layoff pagam IRS. Como fica o salário líquido?

E os trabalhadores que ficarem em situação de layoff durante esta crise, com os contratos de trabalho suspensos ou com uma redução do período laboral, continuam a pagar IRS sobre os rendimentos que vão auferir durante estes meses excepcionais. Simulações da Deloitte permitem ver como fica o rendimento mensal nalgumas situações. Pode ler neste texto. O Governo já recebeu 3600 pedidos de empresas para aderirem ao regime de layoff . Leia aqui.

A experiência da Suécia com a covid-19

Numa Europa onde a maioria dos países decidiu grandes restrições na vida diária, há um que se destaca pela abordagem menos draconiana: a Suécia. Os bares e restaurantes continuam abertos – só não há pessoas sentadas ao balcão. As escolas também estão a funcionar. O limite para ajuntamentos em público é de 50 pessoas – um enorme contraste com, por exemplo, a Alemanha que decidiu banir encontros entre mais de duas pessoas. Na Suécia, registam-se cerca de quatro mil casos de infecção. Mas há quem questione a abordagem que está a ser seguida. Dois mil cientistas pediram à autoridade de saúde que reconsidere e imponha medidas mais apertadas. Veja mais aqui.

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Na Suécia bares e restaurantes permanecem abertos JANERIK HENRIKSSON/EPA

A vítima mais jovem

Na Bélgica, uma rapariga de 12 anos morreu e é a vítima mais jovem do novo coronavírus na Europa. “É um caso muito raro, mas que nos perturba”, disse o virólogo Emmanuel André, porta-voz da agência pública federal de saúde pública, citado pelo jornal belga Le Soir. A notícia completa está aqui. Em França, as quatro fábricas de máscaras que existem vão aumentar a produção de 3,3 milhões por semana para dez milhões por semana. O Governo vai financiar este esforço de compra e produção com quatro mil milhões de euros extraordinários para o orçamento da Saúde. A covid-19 é responsável pela morte de mais de 3500 pessoas no país. Leia aqui. Em todo o mundo, desde Dezembro, já foram infectadas mais de 800 mil pessoas. Os dados estão em baixo.

Ministro holandês admitiu “falta de empatia” 

Wopke Hoekstra foi acusado pelo primeiro-ministro, António Costa, de falta de solidariedade e de fazer declarações “repugnantes”. Admite que devia ter usado uma linguagem diferente, mas mantém o essencial da posição do país: a recusa em participar na emissão de dívida conjunta (eurobonds), uma posição partilhada pela Alemanha. A notícia está aqui.

África, onde ficar em casa é não ter o que comer

No continente africano, sobreviver para muita gente é uma questão diária, ficar em casa é não ter o que comer. Mesmo assim, na sua generalidade, os governos estão a recorrer ao isolamento social para travar a pandemia. Como pode ler aqui. 

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Luanda AMPE ROGERIO/LUSA

Apoio a microempresas do turismo recebeu 2000 candidaturas

Em Portugal, a linha de apoio à tesouraria para microempresas do turismo, e que abrange empresários em nome individual, recebeu mais de duas mil candidaturas desde o seu início, 19 de Março. Pode ler mais aqui.

Portugal vai emitir mais dívida

Com o Estado a precisar de se financiar mais para responder à crise, o Tesouro português reviu em alta os montantes de dívida que planeia emitir nos mercados durante os próximos meses. Ler mais aqui.

Fenprof pede que escolas fechem para filhos de profissionais de saúde

No sector da Educação, a Fenprof exige que escolas suspendam já o acolhimento de filhos de profissionais da saúde. Com a pandemia a “agravar-se” e quando da Direcção-Geral da Saúde “reforça o aviso de que a semana que se segue é particularmente sensível”, ao manter-se escolas abertas para receber os filhos de profissionais de saúde e de forças de segurança pode “estar-se a contribuir para o agravamento da situação epidemiológica”, alerta. A notícia completa está aqui. O Ministério da Educação informou entretanto que as escolas vão enviar directamente às famílias, através de correio tradicional ou de plataformas informáticas, as notas dos alunos relativos ao 2.º período do ano lectivo, que terminou na passada sexta-feira. Veja aqui.

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Nelson Garrido

Juntas de freguesia com postos de correio vão ter de abrir portas

O Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou que as juntas de freguesias onde funcionam postos de correio vão ter de abrir diariamente ao público entre as 9h e as 12h. É preciso assegurar a continuidade dos serviços postais às populações enquanto decorre o estado de emergência. Leia aqui.

Como combater o inimigo epidémico invisível e vencer?

O desafio que temos pela frente é gerir esta necessidade de cuidados hospitalares através de medidas de prevenção de transmissão, com o menor impacto possível nas nossas vidas, enquanto ganhamos tempo até que uma vacina ou cura estejam disponíveis para todos, escrevem Ganna Rozhnova, Professora Auxiliar, Centro Médico Universitário, Universidade de Utrecht e João Nogueira, Professor Auxiliar, Departamento de Matemática, Universidade de Coimbra. Leia aqui.

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EPA/NIAID
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