Covid-19: Moçambique é o último PALOP a decretar o estado de emergência

São Tomé e Príncipe mantém-se como um dos poucos países do mundo sem casos de coronavírus. Angola é um dos países mais vulneráveis à pandemia.

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Vendedora de máscaras em Luanda. Angola está em estado de emergência até dia 11 AMPE ROGERIO/Lusa

Os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) continuam a registar números baixos de infectados de coronavírus e São Tomé e Príncipe figura como um dos seis países de África ainda sem casos registados. No entanto, a variação dos números nesta última semana mostra que a curva parece ter iniciado a fase ascendente que se temia, justificando a decisão do Governo moçambicano de decretar o estado de emergência a partir das 00h00 desta quarta-feira, o último dos PALOP a fazê-lo.

Os são-tomenses já vivem com o estado de emergência desde o dia 20 e a Guiné-Bissau desde dia 27, decretado logo a seguir à confirmação dos dois primeiros casos. Também Cabo Verde, onde já morreu uma pessoa entre os seis casos registados, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Centro de Controlo de Doenças da União Africana no seu boletim semanal sobre a pandemia, se decidiu por colocar o país em estado de emergência à meia-noite de domingo.

Angola, onde já morreram duas pessoas, está igualmente em estado de emergência até dia 11 e é considerado um dos países mais vulneráveis às consequências nefastas da pandemia pela agência de notação financeira Moody’s. Com enormes encargos com a dívida pública, sem investimento e com o preço do barril do petróleo em queda abrupta, adivinham-se meses muito difíceis para os angolanos.

O preço do barril do petróleo angolano caiu tanto (estava a ser comercializado ao final da tarde desta quarta-feira a 21,26 dólares) que o Governo de João Lourenço decidiu na semana passada iniciar o processo de revisão do Orçamento do Estado, elaborado com o preço de referência de 55 dólares.

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