Palácio de Cristal será “hospital de missão” para covid-19 na retaguarda de São João e Santo António

Em pouco mais de uma semana, o pavilhão terá 300 camas instaladas e poderá receber doentes assintomáticos ou com sintomas ligeiros

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Dentro de dias, haverá pessoas infectadas com covid-19 a precisar de assistência hospitalar que “não terão lugar nos hospitais de Santo António e São João dada a afluência que se prevê para estas unidades”. A pensar nisso, a Câmara do Porto decidiu construir uma terceira unidade – “um hospital de missão”, nas palavras de Rui Moreira – para servir de “retaguarda” aos grandes centros hospitalares da cidade. O espaço começou a ser construído nesta terça-feira e deverá estar pronto em pouco mais de uma semana. O presidente da câmara foi substituído pelo seu chefe de gabinete, Nuno Santos, na visita ao local esta manhã – e, por isso, não houve lugar para mais perguntas sobre a polémica à volta do eventual cerco sanitário à cidade. De casa, o autarca gravou um vídeo para falar desta iniciativa.

À porta do maior pavilhão do Porto há inúmeros camiões carregados de material estacionados. Homens e mulheres do Exército português, auxiliados por agentes de autoridade e trabalhadores da autarquia, carregam estrados de camas, colchões, almofadas, lençóis. O movimento é constante. Montam-se estruturas metálicas debaixo da gigante cúpula do pavilhão, improvisando enfermarias, cada um com espaço para seis utentes. No piso inferior, o cenário vai também mudando a grande velocidade. No total, serão 300 camas pensadas para receber “doentes assintomáticos” que não tenham possibilidade de fazer isolamento nas suas casas ou “idosos que precisem de assistência médica”, mas tenham sintomas ligeiros, esclareceu Nuno Santos. Para já, “essa necessidade ainda não existe” – mas a estrutura estará pronta para dar resposta assim que for preciso. 

A ideia, respondeu o chefe de gabinete de Rui Moreira, surgiu das muitas conversas diárias entre a autarquia e os dois grandes hospitais públicos da cidade. A gestão clínica do “Hospital Porto”, como foi baptizado pela autarquia, ficará a cargo do Conselho Regional da Ordem dos Médicos. Com essa estrutura e a ordem dos enfermeiros está a ser estudada qual a quantidade de profissionais de saúde necessários para esta unidade.

Seminário de Vilar também recebe idosos de lares

A Câmara do Porto tinha anunciado, há dias, a transformação deste pavilhão num espaço “limpo” para receber idosos de lares que, após a realização do teste à covid-19, tivessem um resultado negativo. O projecto de transferência desses idosos não foi cancelado, apenas encontrou novo destino. A diocese do Porto disponibilizou o Seminário de Vilar, que, juntamente com a Pousada da Juventude, já antes prevista para receber estas pessoas, cumprirá o programa de isolamento após os rastreios.

A Câmara do Porto preferiu não adiantar números quanto aos testes que, desde domingo, estão a ser feitos a idosos institucionalizados, dizendo apenas serem “centenas” e com resultados animadores. Para este projecto – que surgiu antes da operação nacional feita em Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda –, a autarquia contou com cinco mil testes doados pela Fundação Fosun e pela Gestifute.   

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