Duas portuguesas em quarentena restrita em Itália: “O primeiro passo é aceitar”

A viver em Veneza há mais de um ano, Madalena Corrêa Mendes e Francisca Gigante estão desde dia 10 de Março fechadas em casa. Desde então, saíram duas vezes, para fazer compras e pagar a água. Itália é o país europeu mais atingido pela pandemia do novo coronavírus.

Numa tentativa de controlar o aumento rápido e preocupante do número de casos infectados e de vítimas, já lá vão mais de duas semanas desde que Giuseppe Conte pôs o país de quarentena. Toda a Itália deve ficar em casa e só sair por “motivos comprovados de saúde ou trabalho”, diz decreto do Governo italiano publicado no dia 9 de Março. Desde então, um novo decreto já foi publicado, estendendo a quarentena restrita até pelo menos dia 3 de Abril.

Madalena, coordenadora de estágios no museu Colecção Peggy Guggenheim, e Francisca, que trabalhava como guia externa no mesmo museu e se preparava para integrar a equipa da Bienal de arquitectura de Veneza, já não se lembram do que é ver Veneza cheia de turistas. Mas reforçam o positivo de estar a viver esta quarentena na primeira pessoa: já que Portugal está “umas semanas atrasado”, ao menos conseguem ir tranquilizando as famílias.  “Nós já passámos por algumas coisas que eles estão a passar agora. Isso é bom”.

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