“O oposto de cidade não é o campo, é o deserto”

Aos 82 anos, o arquitecto italiano tem pensado mais na ideia de raízes. As dele estão em Génova, cidade que ajudou a transfigurar, mas o seu pensamento diverge para as periferias urbanas de toda a Europa, que diz ser urgente humanizar. Do seu promontório junto ao mar, onde criou um atelier que se esconde na paisagem como se quisesse afastar-se do que o rodeia, reflecte sobre a sua obra e conclui: “A arquitectura não muda o mundo”.

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“Porquê?”, pergunta uma T-shirt pendurada junto a um ramo de flores frescas. Uma bandeira da Albânia esvoaça com a brisa do meio da tarde e um grupo de homens está ali a olhar, aparentemente para nada. “Porquê?”, é a pergunta que repetem os familiares daqueles que morreram no colapso da Ponte Morandi, em Génova, em Agosto de 2018. As flores, a bandeira, a T-shirt: pequenos sinais de que o luto ainda existe naquela cidade italiana, pese embora outra ponte esteja rapidamente a tomar o lugar da anterior.

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