Tóquio 2020 quer saber quem paga a factura

Yoshiro Mori endereçou uma carta às 33 federações internacionais para debater os custos do adiamento dos Jogos Olímpicos.

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Reuters/ISSEI KATO

O presidente do Comité Olímpico dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o japonês Yoshiro Mori, deixou este sábado uma séria advertência às federações internacionais relativamente ao desafio que representa o cálculo da derrapagem orçamental resultante do adiamento dos jogos e sobre quem recairá o ónus desta alteração.

Em carta dirigida às 33 federações que integram o programa dos Jogos Olímpicos, Mori, antigo primeiro ministro japonês, enfatiza a questão “dos inevitáveis custos adicionais” decorrentes do adiamento imposto pela pandemia de covid-19.

“Decidir quem assumirá estes custos e como tudo será processado constitui um enorme desafio”, alerta Mori no documento revelado pelo site insidethegames.

O dirigente nipónico deixa um apelo a todos os que estão envolvidos no processo de reagendamento dos Jogos, para que “a missão de levar a cabo os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no próximo ano seja uma realidade, demonstrando que a humanidade triunfou sobre o coronavírus”.

Entre as diversas questões relacionadas com o adiamento oficialmente anunciado a 24 de Março, destaca-se o plano financeiro, tendo sido criada uma task-force para enfrentar todas as questões decorrentes desta alteração histórica.

As federações manterão com este grupo de trabalho uma colaboração estreia e permanente, a começar por uma sondagem relativamente à capacidade de resposta financeira de cada uma para suportar os custos adicionais. Especialmente depois de Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, ter admitido não existirem quaisquer garantias quanto às reservas necessárias para cobrir os custos da pandemia, numa altura em que não há decisões sobre as novas datas para a realização dos Jogos Olímpicos.

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