Os planos da UEFA para retomar as competições de futebol

Sobre a redução dos salários dos jogadores, o organismo afirmou que não existe “espaço para egoísmos” nesta situação.

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Aleksander Ceferin, presidente da UEFA LUSA/FABIO FRUSTACI

A UEFA já detalhou os planos que tem para retomar as competições de futebol em 2020, depois da suspensão devido à pandemia de covid-19. O organismo que rege o futebol europeu ainda não tinha abordado as diversas possibilidades, remetendo essa análise para mais tarde, mas Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, já levantou um pouco o véu.

A temporada pode recomeçar em meados de Maio, em Junho ou fim de Junho. Existe, até, uma proposta para terminar esta época no início da próxima, que começaria mais tarde”, elencou, em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, apesar de alertar que “sem saber quando a pandemia vai terminar não pode haver um plano final”.

Recorde-se que a UEFA já decidiu adiar o Euro 2020 para 2021 e tem as suas competições suspensas, como é o caso da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

UEFA não quer egoísmos

Sobre a redução dos salários dos jogadores, o dirigente que lidera a UEFA desde 2016 afirmou que não existe “espaço para egoísmos” nesta situação, salientando que muitos jogadores estão de acordo.

Na entrevista, Ceferin deixou também críticas à União Europeia na resposta à pandemia. “Estou decepcionado com a União Europeia. A Europa é dominada por um excesso de regras, está dividida e, por essa razão, é mais fraca. Não há solidariedade e é muito triste”, apontou.

“Adiar o Europeu representou um enorme sacrifício, mas a resposta do futebol foi demonstrativa de grande unidade e solidariedade”.

“Dependendo de como evoluir a pandemia, temos diferentes planos de acção. Mas de momento há que aguardar como todos os outros sectores”, explicou, garantindo estar em permanente contacto com o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

Ceferin admite, caso a competição seja retomada, ajustar o calendário da Champions e da Liga Europa, nem que tenham que disputar-se nas mesmas datas, defendendo a possibilidade de concluir os campeonatos à porta fechada, mesmo que não conceba uma final da Liga dos Campeões sem público. E, mais importante, considera não poder “obrigar os futebolistas a jogarem mal termine a quarentena”.

Mais problemática parece a questão do termo dos contratos a 30 de Junho, em que a UEFA não tem jurisdição, lembrando que “os calendários estão preenchidos” pelo que não vê necessidade “de novas competições de clubes”, mantendo-se a Liga das Nações.

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