Jeanine Cummins: A luta pela #DignidadLiteraria

O lançamento de Terra Americana levou a uma discussão sobre o problema de representação latina (e não só) na indústria editorial norte-americana.

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John Moore/Getty Images

Jeanine Cummins, que durante anos trabalhou na editora Penguin, lançou o seu primeiro livro em 2004. A publicação de A Rip in Heaven, um livro de memórias, foi “extremamente dolorosa” tal como está a acontecer com Terra Americana, embora de maneira diferente. A história que contava naquele livro aconteceu quando tinha 16 anos, em Abril de 1991, altura em que as primas, Julie e Robin Kerry, e Tom, o irmão, foram atacados por quatro estranhos numa ponte em Saint Louis, Missouri. As duas irmãs foram violadas pelos atacantes, atiradas da ponte para o rio Mississípi e morreram. Tinham 19 e 20 anos. Tom, que tinha 19 anos e era bombeiro, também foi espancado e atirado da ponte. Sobreviveu. “Quando saiu da água dirigiu-se à polícia e contou-lhes o que aconteceu. Disseram-lhe que a história era demasiado rocambolesca para ser verdadeira. Por isso, no início, o meu irmão foi preso por ter assassinado as minhas primas”, conta Jeanine ao Ípsilon. Quando o soltaram, porque não havia provas, conseguiram encontrar os quatro homens que cometeram o crime e vários indícios das suas culpas. “Anos depois o meu irmão pediu-me para o ajudar a escrever as suas memórias sobre sobreviver esse trauma. A minha resposta inicial foi não. Era demasiado doloroso, eu tinha 22 ou 23 anos quando me pediu isso. Resisti, mas acabámos por decidir escrever o livro juntos.”

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