TAP realiza sexta-feira voo de repatriamento de Cabo Verde

Negócios Estrangeiros estima entre dois mil a três mil os portugueses em várias partes do mundo que pedem apoio para regressar.

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TAP com mais um voo de repatriamento Rui Gaudencio

 A companhia aérea portuguesa TAP vai realizar nesta sexta-feira um novo voo a partir da cidade da Praia, Cabo Verde, para repatriar dezenas de portugueses que não conseguiram embarcar na quarta-feira, disse à Lusa fonte diplomática portuguesa.

“Está previsto um novo voo da TAP amanhã [madrugada de sexta-feira para sábado] a partir da Praia que servirá precisamente para levar aquelas passageiros que não conseguiram transportar no primeiro porque estavam em “overbooking” [capacidade lotada]”, disse.

Sem precisar números de portugueses que querem regressar a casa, a mesma fonte afirmou que o voo vai resolver “definitivamente” esse problema.

Na quarta-feira, dezenas de portugueses concentraram-se no aeroporto internacional da Praia para tentarem embarcar num voo de repatriamento operado pela TAP, mas alguns acabaram por não seguir viagem por não terem lugar.

Ao início da noite de terça-feira, dois aviões da TAP partiram de Lisboa para as ilhas cabo-verdianas do Sal e de Santiago (Praia), transportando várias dezenas de cabo-verdianos em voos de repatriamento -- os únicos autorizados por Cabo Verde devido à pandemia da covid-19 -- para o arquipélago.

Os mesmos aparelhos regressaram durante a madrugada com centenas de portugueses que já tinham bilhete na transportadora aérea nacional e que viram os voos na TAP cancelados, face à proibição de voos internacionais decretada na semana passada pelo Governo cabo-verdiano, como medida preventiva da pandemia.

Recorda-se que nesta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, declarou perante a comissão parlamentar da sua área, que foram contactos quatro mil portugueses no estrangeiro, entre turistas, trabalhadores naqueles países e estudantes do programa Erasmus, e que entre dois mil a três mil pediam apoio para regressarem a Portugal.

“Não saiam para o estrangeiro, ninguém hoje consegue garantir acudir a todo o lado”, apelou o chefe da diplomacia portuguesa.

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