Lucro da REN sobe 2,8% para 118,9 milhões de euros

Negócios de transporte de electricidade e gás no Chile compensaram o impacto de menores proveitos obtidos pelas tarifas de electricidade em 2019.

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Miguel Manso

A empresa que gere as redes de transporte energético anunciou esta quarta-feira que o resultado líquido de 2019 atingiu 118,9 milhões, aumentando 2,8% face a 2018.

Segundo a REN, a subida do resultado líquido deveu-se “à melhoria nos resultados financeiros” e a uma “contribuição positiva da operação no Chile”, onde a empresa também está presente no negócio de transporte de gás natural e electricidade, através da Electrogas e da Transemel.

O lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 486,2 milhões de euros, caindo 1,2% (ou seis milhões de euros), devido à diminuição da remuneração obtida através das tarifas de energia (menos 11,4 milhões de euros), em parte devido à diminuição das taxas de juro das Obrigações de Tesouro a que esta remuneração está indexada.

De acordo com a empresa presidida por Rodrigo Costa, os valores “foram parcialmente compensados pela melhoria dos resultados da Electrogas e pela consolidação da Transemel”.

A empresa nota que o custo médio da dívida manteve a tendência de redução (em 2019 ficou nos 2,1%, em comparação com os 2,2% de 2018), ainda que a dívida líquida tenha aumentado 6,5%, para 2826 milhões de euros, devido à aquisição da Transemel, em Outubro.

Em 2019, a REN pagou menos 4,5 milhões de euros em impostos, num total de 79,2 milhões de euros. A empresa, que é detida em 25% pela chinesa State Grid, salienta que o pagamento da contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE) “continua a ter um importante impacto nos resultados” – o valor pago em 2019 foi de 24,4 milhões, menos 900 mil euros do que em 2018.

A nível operacional, a REN recorda que 2019 foi um ano marcado por recordes históricos. A produção fotovoltaica ultrapassou pela primeira vez 1 terawatt hora (TWh) de produção anual e o carvão registou a quota mais baixa na produção eléctrica desde a abertura da central de Sines.

A utilização do terminal de gás natural liquefeito de Sines foi a mais elevada de sempre e foi também em 2019 (a 10 de Janeiro) que, “pela primeira vez em 22 anos, o Sistema Nacional de Gás Natural exportou gás natural pela interligação de Campo Maior”, exemplifica a REN.

O conselho de administração da REN vai propor na assembleia-geral de accionistas de 7 de Maio, o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos por acção, “em linha com o praticado nos anos anteriores”.

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