Torneio de boxe que apurava para os Jogos acaba com três casos de covid-19

O jornal Guardian fala de dois pugilistas turcos e um treinador infectados durante a competição na capital britânica que servia de apuramento para os Jogos Olímpicos.

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Imagem do torneio olímpico de boxe nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 Reuters/Peter Cziborra

Foi uma das últimas competições desportivas internacionais a acontecer e também não escapou à pandemia da covid-19. Segundo revelou nesta quarta-feira o jornal britânico Guardian, dois pugilistas turcos e o treinador principal da equipa turca foram infectados com o novo coronavírus durante o “Road to Tokyo”, um torneio de qualificação europeia para os Jogos Olímpicos que decorreu em Londres e que foi cancelado após cumpridos três dos dez dias previstos - começou a 14 de Março, foi cancelado a 16.

Ao Guardian, Eyup Gozgec, presidente da federação turca de boxe, confirmou que os três foram infectados com a covid-19 durante a sua estadia em Londres, acusando o Comité Olímpico Internacional (COI), que era o organizador do evento, de “irresponsabilidade” ao manter o torneio nestas condições.

“Enquanto o mundo estava a tomar medidas radicais para lidar com o vírus, fiquei espantado por o COI e o Governo britânico permitirem que este torneio fosse para a frente, quando muitos de nós estávamos preocupados e todo o desporto estava a ser cancelado. Foi uma irresponsabilidade. E o resultado, infelizmente, foi o de três elementos da nossa equipa terem testado positivou”, acusou Gozgec.

Este torneio juntou 350 pugilistas de 40 países no Copper Box, no Parque Olímpico de Londres, decorreu à porta aberta nos dois primeiros dias, e a sua organização foi da responsabilidade do COI. No dia em que suspendeu a competição, quando os Jogos Olímpicos ainda estavam marcados para a sua data original (24 de Julho a 9 de Agosto), o COI também suspendeu outros dois eventos de qualificação olímpica do boxe, o das Américas (entre 26 de Março e 3 de Abril, em Buenos Aires) e o de qualificação mundial (entre 13 e 24 de Maio, em Paris).

Ao Guardian, um porta-voz do COI não quis comentar o assunto.

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