Após condenado e preso, Harvey Weinstein infectado com o novo coronavírus

O ex-produtor de cinema foi testado ao novo coronavírus e o resultado foi positivo. Weinstein encontra-se a cumprir pena por crimes de acto sexual criminoso no primeiro grau e violação no terceiro grau.

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Harvey Weinstein durante o julgamento JUSTIN LANE/EPA

Um mês após ter sido conhecido o resultado do mediático julgamento que colocou o “todo-poderoso” Harvey Weinstein no banco dos réus, acusado por crimes de acto sexual criminoso, violação e agressão sexual predatória (foi ilibado do último), o ex-produtor de Hollywood tem agora outro problema com que lidar: após terem sido identificados casos de covid-19 no presídio em que cumpre pena, foi submetido a um teste ao novo coronavírus e o resultado foi positivo.

A informação foi confirmada à Reuters pelo presidente da associação que reúne os estabelecimentos prisionais e de correcção do estado de Nova Iorque, Michael Powers, que adiantou que o ex-produtor, cujo nome se associa a sucessos como Gangs de Nova Iorque ou A Paixão de Shakespeare, se encontra em isolamento profiláctico. De acordo com Powers, vários guardas estão também a ser sujeitos a uma quarentena, acrescentando que as equipas prisionais não têm equipamento de protecção adequado.

À mesma agência noticiosa, um advogado da equipa de defesa de Weinstein reclamou o facto de não ter conhecimento do diagnóstico de covid-19, manifestando preocupação pelo estado de saúde do cliente que, antes de ter chegado ao estabelecimento prisional de Wende (Buffalo, Nova Iorque), passou pelas instalações da ilha de ​Rikers, onde foi tratado a problemas cardíacos, queixando-se de dores no peito. “Dado o estado de saúde do sr. Weinstein e se for o caso [de estar infectado com coronavírus], estamos preocupados.”

Weinstein foi considerado culpado de acto sexual criminoso no primeiro grau e de violação no terceiro grau, tendo sido ilibado da acusação de agressão sexual predatória. A 11 de Março, a leitura da sentença decretou que aquele que viria a desencadear o movimento #MeToo se submeteria a uma pena de 23 anos de prisão efectiva.

Um vírus que não poupa ninguém

Desde o início, que o vírus SARS-CoV-2 não se tem coibido de chegar a toda a gente, sejam famosos ou anónimos. Entre as celebridades que, entretanto, já vieram a público confirmar o diagnóstico estão os actores Tom Hanks e a mulher Rita Wilson, Idris Eba, Kristofer Hivju (Guerra dos Tronos), Olga Kurylenko e Daniel Dae Kim (Hawai Força Especial); o tenor Placido Domingo; o escritor Luís Sepúlveda (após ter estado em Portugal, nas Correntes d'Escritas, em Póvoa de Varzim); e um rol cada vez mais vasto de atletas, entre os quais o defesa da Juventus Daniele Rugani, colega de equipa de Cristiano Ronaldo.

Também na política e nos altos cargos, os nomes de infectados sucedem-se. Entre outros, António Vieira Monteiro, presidente do Santander, foi uma das primeiras vítimas mortais em Portugal; o senador norte-americano pelo Partido Republicano Rand Paul; o príncipe Alberto do Mónaco; o negociador europeu do Brexit Michel Barnier; o ministro brasileiro da Energia, Bento Albuquerque; o conselheiro da segurança no Brasil, Augusto Heleno; o embaixador de Israel em Berlim, Jeremy Issacharoff; a ministra da Saúde britânica, Nadine Dorries; o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Peter Dutton; o vice-presidente do Irão, Massoumeh Ebtekar; as mulheres dos primeiros-ministros canadiano e espanhol; o ministro da Cultura francês, Franck Riester; o ministro do Ambiente da Polónia, Michal Wos.

Todos têm aproveitado o facto para deixarem um apelo para que toda a gente cumpra as regras de isolamento social e para que fiquem em casa.

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