António Costa não perdeu a cabeça. E isso é óptimo

O seu desempenho pré-crise foi péssimo, mas foi péssimo em quase todo o lado. Felizmente, o seu desempenho pós-crise tem sido bastante bom.

Quando esta crise começou, há dez dias, eu escrevi um artigo intitulado “O diabo chegou – e é um vírus” que irritou imensa gente, devido à tendência um bocado salazarista (que combina na perfeição com a doutrina dos “tempos de guerra”) que reclama unanimidade nacional em tempos de crise. Como já aqui disse muitas vezes, e não me cansarei de repetir, a única unanimidade que devemos ter, enquanto povo, é no empenho e na energia com que enfrentamos esta crise sem precedentes – mas esse empenho e essa energia não passam por suspender a dissensão política, científica ou económica. Bem pelo contrário: é fundamental continuar a discutir, a debater e a argumentar, envolvendo as melhores cabeças deste país, para que esta emergência de dimensão gargantuesca possa ser ultrapassada da forma mais competente possível.

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