Racionalidade: elemento chave para uma comunidade solidária

Aos nossos clientes e prestadores de saúde, fazemos um apelo para que usem os meios que pomos à vossa disposição de uma forma criteriosa, para que não nos aconteça, a nós portugueses, aquilo que está acontecer em outros países europeus.

Vivemos, enquanto sociedade, uma realidade desafiante. A covid-19, considerada pandemia pela Organização Mundial de Saúde, colocou-nos a todos em estado de vigilância e cooperação máximas. Assim, no contexto de pandemia que o mundo atravessa, e no caso particular de Portugal, é imperioso que todos nós, cidadãos, a par de todos os agentes de saúde (públicos e privados), pautemos os nossos comportamentos pelos princípios da necessidade e racionalidade.

A abertura do sector privado, em concreto das seguradoras, para o financiamento dos exames de diagnóstico da covid-19 não teve, no meu entender, como objectivo nem facilitar o acesso a custo zero, nem provocar uma procura descontrolada dos mesmos. 

Como entidade responsável que somos, a nossa primeira preocupação foi dizer que estamos presentes - ao lado dos nossos clientes - e que faremos o necessário para os ajudar. Como? Pondo em articulação e complementaridade ao SNS meios por nós disponibilizados como, por exemplo, a) a Linha Médis Triagem 24 horas, b) toda a rede de prestadores de saúde connosco convencionados, c) o financiamento de actos de diagnóstico, sempre com o critério da prescrição médica e as orientações de utilização definidas pela Direcção-Geral de Saúde (DGS), e d) a divulgação de informação prática e credível sobre a doença e o controlo da sua propagação.

Todavia, continuamos cientes de que a batalha que está a ser travada necessita de um modelo de governo encabeçado pela DGS, onde os privados são apenas mais um elo na cadeia. É por esta razão que seguimos, e continuaremos a seguir, todas as orientações da Direcção-Geral de Saúde. 

Aos nossos clientes e prestadores de saúde, fazemos um apelo para que usem os meios que pomos à vossa disposição de uma forma criteriosa, para que não nos aconteça, a nós portugueses, aquilo que está acontecer em outros países europeus, onde o acesso ao diagnóstico é cada vez mais difícil - não porque não há quem o financie, mas porque foi usado sem critério por quem não necessitava dele. Para que, enquanto comunidade solidária que somos, ultrapassemos este desafio, é necessário um elemento chave: a racionalidade.

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