Agências turísticas querem dar vouchers em vez de reembolsos

Confederação europeia diz que os cancelamentos estão a provocar uma “saída exorbitante de liquidez” e aposta nos vouchers “para viajar após a crise” em vez de reembolsarem o dinheiro. “Os clientes não têm nada a ganhar se não houver dinheiro para reembolsar”, defende-se.

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Confederação do sector diz que o novo coronavírus provocou “uma paralisação quase total” “uma paralisação quase total”. Reuters/GONZALO FUENTES

A Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês) diz que “os governos e a indústria estão a trabalhar em conjunto para encontrar soluções práticas tanto para os clientes como para as empresas de viagens, como fornecer aos clientes um voucher para viajar após a crise em vez de reembolsos”.

Isto porque, diz a confederação (da qual faz parte a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo - APAVT), a pandemia do novo coronavírus e as restrições associadas levaram o sector “a uma paralisação quase total”. O cancelamento de viagens (e que está a ser acompanhado da ausência novas marcações), destaca a ECTAA, está a provocar “uma saída exorbitante de liquidez, o que pode levar à insolvência de milhares de empresas”.

Uma das grandes apostas para apoiar o sector passa, de acordo com o comunicado enviado às redacções, por “fornecer aos clientes um voucher para viajar após a crise em vez de reembolsos”. 

“Precisamos que a Comissão Europeia conceda esta flexibilidade excepcional”, sublinhou Pawel Niewiadomski, presidente da ECTAA, no comunicado. Os clientes, acrescentou, “não têm nada a ganhar, se as empresas de viagens estiverem falidas e não houver dinheiro para reembolsar”.

A confederação pediu ainda aos Estados-membros da UE para apoiarem financeiramente os agentes do sector, incluindo transportes e serviços de alojamento, entre outros. 

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