“No mundo do relato mentiroso há que lembrar que a ficção não é uma mentira”

Há alguma coisa de tragédia num livro sobre como uma parte da sociedade colombiana foi convertida em delactora. Os Informadores, de Juan Gabriel Vásquez é original de 2002 e chega a agora a edição portuguesa com grande actualidade.

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Rui Gaudêncio

Segundo o autor colombiano, um dos mais celebrados da sua geração, estamos diante de um tema contemporâneo para que segmentos inteiros da sociedade apontam. “O Twitter é uma máquina de apontar com o dedo”, diz Juan Gabriel Vásquez, 47 anos, natural de Bogotá, autor de O Ruído das Coisas ao Cair ou A Forma das Ruínas. Um tema contemporâneo a partir de um filho que investiga o passado do pai de interditos pessoais e colectivos. Os dois têm o mesmo nome, modo do autor sublinhar o conflito íntimo. Eles são Gabriel Santoro, pai e filho, narrador e protagonista de um segredo, investigador e investigado mediados pela figura de Sara, judia exilada da Alemanha nazi, corpo de um paradoxo terrível: o de uma lei anti-nazi que pode destruir as vítimas do próprio nazismo.

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