Coronavírus: há cinco médicos do Hospital SAMS infectados, denuncia sindicato

Dois dos cinco médicos do Hospital SAMS infectados com o coronavíruus estão internados no Hospital Curry Cabral.

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Dois dos médicos do Hospital SAMS estão internados com coronavírus no Hospital Curry Cabral em Lisboa. NFS - NUNO FERREIRA SANTOs

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) alertou, esta segunda-feira, para o facto do Hospital SAMS ter cinco dos seus médicos infectados pelo novo coronavírus, sendo que dois deles estão internados no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

De acordo com o sindicato, os profissionais médicos que tiveram em contacto com aqueles infectados mantêm-se a trabalhar, apesar do teste realizado para despiste da infecção ter tido resultado negativo.

O SMS aproveita para relembrar “que os profissionais de saúde são aqueles que estão mais expostos e um dos principais veículos de transmissão do coronavírus se não estiverem adequadamente protegidos” e por isso faz um apelo ao Ministério da Saúde: é necessário impor “a todas as unidades de saúde, públicas ou privadas, a protecção dos médicos e dos restantes profissionais de saúde, sendo certo que essa protecção é vital para tratar os doentes”.

O sindicato considera que, “o Hospital do SAMS não pode ter impunemente esta conduta de não-cumprimento rigoroso de adequada protecção dos médicos que estão ao seu serviço”.

A própria direcção do Hospital do SAMS emitiu um comunicado a informar que profissionais de saúde e doentes tinham sido infectados com o novo coronavírus. A instituição garantiu que foram adoptadas todas as medidas para minimizar a propagação do vírus.

A direcção clínica do SAMS reuniu-se no domingo com as autoridades de saúde e foi feita uma avaliação da situação, tendo sido adoptadas todas as medidas previstas no plano de contingência, refere a instituição em comunicado.

“O conselho de gerência e a comissão executiva dos SAMS solicitam a todos os beneficiários e utentes dos SAMS a maior compreensão para o momento que o país e o mundo atravessam”, lê-se no documento, em que é feito um apelo para a “máxima colaboração para o cumprimento das orientações estabelecidas pelas autoridades competentes e aquelas que os SAMS têm divulgado junto dos seus beneficiários e utentes”.

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