Coronavírus: Já há hotéis a fechar voluntariamente. Vila Galé anuncia encerramento progressivo

Grupo vai fechar algumas das suas unidades, mas outras continuam abertas. Pelo país, há alojamentos turísticos a optarem pelo encerramento total.

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Douro Vineayards é um dos mais recentes grandes investimentos do grupo Vila Galé TIAGO DE PAULA CARVALHO

O grupo Vila Galé vai iniciar progressivamente o encerramento de algumas unidades em Portugal, devido ao surto de covid-19, confirmou o grupo hoteleiro, sem avançar mais pormenores, à Lusa.

“Face à situação relacionada com a covid-19, o grupo Vila Galé vai iniciar progressivamente o encerramento de algumas unidades em Portugal, salvaguardando o bem-estar, saúde e segurança dos clientes alojados e dos colaboradores durante o período que seja necessário”, disse fonte oficial em resposta à agência, sem acrescentar mais pormenores e referindo apenas que, “oportunamente, serão dadas mais informações”.

O grupo Vila Galé é actualmente responsável pela gestão de 36 unidades hoteleiras: 27 em Portugal e nove no Brasil.

Nas unidades abertas, informa o grupo em comunicado, estão a ser seguidas as directivas da Direcção Geral de Saúde, entre a limpeza profunda, protecção acrescida (como a substituição de serviços de bufete por menus à carta) e a limitação de aglomerados de pessoas em espaços. Spas, saunas, piscinas e serviços similares foram suspensos. “Qualquer reserva poderá ser cancelada sem qualquer custo até 48 horas antes da estada”, informam, com uma excepção: “nos casos de reservas pré-pagas, o valor fica em depósito para poder ser usado em data posterior”.

Outras unidades hoteleiras fora de grupos já começaram também a optar pela segurança e anunciaram o encerramento.

Um dos primeiros foi o turismo rural alentejano Herdade da Malhadinha Nova, na Albernoa, Beja, logo na sexta-feira. “Considerando o surto”, lê-se num sucinto comunicado, só nos “resta apelar a todos os nossos amigos e colegas a seguirem o nosso exemplo. Estamos juntos”.

No Alentejo, o turismo rural Pé no Monte, em São Teotónio, fechou também na sexta"pelo menos” até 2 de Abril. “A responsabilidade social falou mais alto. É altura de pensarmos em todos e na segurança das nossas e vossas famílias”, explicam os proprietários, Helena e Gonçalo Marques. “Todos juntos podemos e devemos tomar a atitude de nos protegermos e só assim podemos proteger o próximo”. Porque "há valores mais altos que o dinheiro não paga". Portas fechadas, o trabalho para o futuro continua, como acontecerá com muita gente no sector: “Reservem as vossas merecidas férias, sem medo, mas não para agora, mais lá para a frente. E se tiverem necessidade de as alterar, assim faremos com a flexibilidade que sempre tivemos”. 

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