Conselheiro de Bolsonaro diagnosticado com coronavírus após jantar com Trump

Fábio Wajngarten apresentou sintomas semelhantes aos da gripe durante viagem aos Estados Unidos. Bolsonaro está sob vigilância médica.

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Fabio Wajngarten é o responsável de comunicação do Governo de Bolsonaro Reuters/UESLEI MARCELINO

O responsável de comunicação do Governo de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, foi diagnosticado com coronavírus, poucos dias após ter jantado com o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-presidente, Mike Pence, numa visita não oficial aos Estados Unidos. A informação está a ser avançada por vários órgãos de comunicação social brasileiros, que referem que o responsável apresentou sintomas que se assemelhavam aos da gripe.

O Correio Braziliense diz que Jair Bolsonaro está a ser acompanhado de perto por uma equipa médica, depois de ter sido informado do resultado dos exames do conselheiro. O jornal Estadão, por seu lado, escreve que o primeiro teste foi realizado em São Paulo após o regresso da comitiva ao país, com Fábio Wajngarten a aguardar em isolamento o resultado das contra-análises.

Numa fotografia publicada no Instagram durante o fim-de-semana, Fábio Wajngarten aparece sorridente ao lado de Donald Trump. Alguns membros do Governo brasileiro visitaram o resort do Presidente norte-americano em Mar-a-Lago, na Florida. No Sábado, a comitiva, que integrava 21 pessoas incluindo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, jantou com Trump.

A Casa Branca, citada pela Reuters, diz que Trump e Mike Pence “mal tiveram contacto” com Fábio Wajngarten, adiantando que as duas figuras de estado não serão testadas. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, esta quarta-feira, a suspensão de todas as entradas de viajantes com origem na Europa por 30 dias, a partir desta sexta-feira, por causa da pandemia de covid-19. A única excepção referida foi o Reino Unido. São “medidas fortes, mas necessárias” anunciou, em directo da Sala Oval, na Casa Branca.

As restrições abrangem todos os estrangeiros que estiveram no espaço Schengen nos 14 dias anteriores (Portugal incluído), especificou o departamento de segurança nacional, mas não se aplicam a cidadãos norte-americanos, familiares próximos, ou residentes permanentes no país. Os Estados Unidos têm 1264 casos de infecção confirmados, com 36 mortes registadas no país. 

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