Esta quinta-feira há sorteio de renda acessível em Lisboa, mas à porta fechada

Ameaça do novo coronavírus leva câmara a não realizar sorteio presencial. Interessados podem acompanhar pelo site.

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Daniel Rocha

O sorteio das primeiras casas do Programa de Renda Acessível (PRA) da Câmara de Lisboa realiza-se esta quinta-feira à tarde, mas os candidatos terão de acompanhar a tômbola a partir de casa. Devido ao plano de contingência contra o novo coronavírus, a autarquia dispensou o evento presencial e só vai transmitir o sorteio através do seu site, www.lisboa.pt.

São os primeiros 120 fogos de um programa, lançado pela câmara há quatro anos, que ambiciona chegar pelo menos às 6000 casas com rendas inferiores às praticadas actualmente no mercado privado de arrendamento. Neste primeiro concurso, que esteve aberto entre meados de Dezembro e o fim de Janeiro, houve 3170 candidaturas, mas nem todas foram admitidas a concurso.

No Programa de Renda Acessível, tal como acontecia com a Renda Convencionada, a atribuição das casas é feita por sorteio e todos os candidatos estão em pé de igualdade. A única condição é terem rendimentos compatíveis com o regulamento, que define que a renda a pagar não pode ser superior a 30% do rendimento líquido mensal do agregado.

Das 120 casas que vão a concurso, 20 ficam num edifício da Rua Eduardo Bairrada, na Ajuda, que estava alocado a renda social e que a câmara reabilitou nos últimos meses. Os restantes imóveis estão dispersos por várias geografias: há casas nas torres do Alto da Eira, na Mouraria, em Campolide, Campo de Ourique, Avenidas Novas, Alcântara e em bairros municipais de Marvila, Olivais, Parque das Nações, Lumiar, Beato e Benfica. O arrendamento de casas em bairros sociais à classe média é uma estratégia que a autarquia já tinha adoptado na Renda Convencionada e que se vai manter no PRA.

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