“A estabilidade pela estabilidade não é nada”, diz Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP esteve numa reunião do partido com uma delegação da CGTP, liderada pela secretária-geral, Isabel Camarinha.

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Jerónimo de Sousa LUSA/Tiago Petinga

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou nesta terça-feira que “a estabilidade pela estabilidade não é nada” e considerou que o Governo socialista tem responsabilidades e respostas a dar aos trabalhadores, “que não estão a ser dadas”.

“A estabilidade pela estabilidade não é nada. A estabilidade garantindo direitos, continuar avanços é que determinarão essa questão da estabilidade política”, afirmou Jerónimo de Sousa, no final de uma reunião do partido com uma delegação da CGTP, liderada pela secretária-geral, Isabel Camarinha, na sede dos comunistas, em Lisboa.

Questionado sobre uma eventual crise política, o PCP considerou que “não há estabilidade provocando a instabilidade social e laboral” e que não se pode exigir aos trabalhadores portugueses “mais sacrifícios, ou pior, retrocessos, em nome da sacralização da estabilidade”, considerou o dirigente.

“A crise política a haver é porque não se encontrou as respostas para o nosso país, para o seu futuro, para este sentido de progresso e de continuação de avanços. A questão está colocada ao Governo do PS”, sublinhou Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP afirmou ainda que “no plano do relacionamento [entre PCP e PS] não existe nenhuma anormalidade, o que existe é falta de respostas por parte do Governo em relação a questões concretas, a direitos concretos”, acrescentando que “o PS não mudou, o que mudou foi a conjuntura”.

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