Justiça francesa pede cinco anos de prisão para François Fillon pelos empregos fictícios que deu à mulher

O escândalo dos empregos fictíciosque deu à mulher arruinou a candidatura do político de direita à presidência, em 2017.

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François Fillon à chegada ao tribunal BENOIT TESSIER/Reuters

A Justiça fiscal francesa pediu nesta terça-feira cinco anos de prisão, dois deles efectiva, para François Fillon, que está a ser julgado por ter dado à mulher, entre 1992 e 2002, um emprego remunerado como assistente parlamentar, sem que esta tivesse feito qualquer trabalho. O escândalo do emprego fictício na Assembleia Nacional arruinou a sua candidatura à presidência da República em 2017 e abriu caminho à vitória de Emmanuel Macron.

A acusação alegou que Fillon foi movido pela “ganância” e pelo “cinismo”. Ao fim de quatro horas de sessão, um dos procuradores do gabinete financeiro do Ministério Público, Aurélien Létocart, pediu ao tribunal “uma sentença à altura” do crime cometido por “um pretendente à magistratura suprema”.

Létocart, citado pelo jornal Le Monde, denunciou o “profundo sentimento de impunidade” do político do partido Os Republicanos (direita), que foi primeiro-ministro do Presidente Nicolas Sarkozy. E exigiu uma multa de 375 mil euros e dez anos de proibição de exercer cargos públicos.

Para a mulher do político, Penelope Fillon, que auferia pelo emprego fictício 3900 euros, numa primeira fase, e 4200, numa segunda, e foi considerada cúmplice de desvio de fundos públicos e ocultação desses fundos, foram pedidos três anos de prisão. No total, ganhou 613 mil euros por três contratos de assistente parlamentar. 

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