Em Lisboa, condutores perdem mais de cinco dias por ano em engarrafamentos

INRIX divulgou dados sobre o trânsito mundial em 2019, onde constam 12 áreas urbanas nacionais. No ranking mundial de cidades mais congestionadas, Lisboa ficou no 25º lugar e Porto na 118ª posição.

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Lisboa melhorou a sua classificação global, já o Porto está com mais trânsito Rui Gaudencio

No ano passado, os condutores de Lisboa perderam, em média, 136 horas em estradas congestionadas, o equivalente a mais de cinco dias e meio a conduzir de forma ininterrupta em engarrafamentos. No Porto, esse tempo reduz-se para cerca de metade e fixa-se nas 66 horas - o que não chega a perfazer três dias. No ranking geral de cidades mais congestionadas do mundo, liderado pela capital colombiana, Bogotá, Lisboa estabeleceu-se no 25º lugar e, mais abaixo, o Porto surge na 118ª posição. Estes são alguns dos dados divulgados, esta segunda-feira, no estudo da INRIX sobre o impacto do tráfego na mobilidade global em 2019, que inclui 12 áreas urbanas portuguesas.

Em território nacional, Lisboa lidera o tempo perdido em engarrafamentos, um registo que coloca a capital no vigésimo lugar mundial neste parâmetro. A média de 136 horas perdidas em estradas congestionadas supera os números de cidades como Toronto, Moscovo e Washington DC. Distante da média lisboeta, o registo correspondente à área urbana do Porto, de 66 horas, fixa a cidade à porta do top 100 mundial, mais precisamente no 105º lugar. Também neste parâmetro, a nível global, Bogotá (191 horas) lidera a tabela, seguida pelas cidades do Rio de Janeiro (190 horas) e de Roma (166 horas).

Apesar da ligeira melhoria (descida de três posições relativamente a 2018), Lisboa continua a ser a área urbana com mais tráfego do país, estabelecendo-se assim no 25º lugar das cidades mais congestionadas a nível mundial. Mais abaixo, no 118º lugar, surge a segunda cidade com mais trânsito em território nacional, o Porto. No entanto, e ao contrário de Lisboa, a área urbana do Porto piorou o seu registo, uma vez que em 2018 encontrava-se na 148ª posição.

Bem mais longe na tabela mundial, Cascais (412º), Guimarães (420º), Évora (478º), Braga (528º), Coimbra (543º), Barcelos (621º), Viseu (751º), Montijo (764º), Vila Nova de Famalicão (792º) e Caldas da Rainha (818º) são as restantes áreas urbanas nacionais em análise. Entre as 12 cidades portuguesas, só Lisboa, Braga, Viseu, Montijo e Vila Nova de Famalicão conseguiram melhorar as suas posições no ranking mundial.

Famalicão apresentou a melhoria mais significativa em termos nacionais: desceu da 568ª posição registada em 2018 até ao 762º lugar actual. Além disso, aqui os condutores perderam, em média, apenas dez horas em estradas congestionadas. Em sentido oposto, Barcelos intensificou o trânsito na cidade, o que resultou na subida de 93 lugares no ranking mundial e fixou em cerca de 17 horas o tempo perdido em engarrafamentos como média anual.

As posições no ranking da INRIX são definidas tendo em conta a população da cidade e o atraso no trânsito atribuível ao congestionamento nas estradas. Para isso, foram analisadas mais de 900 cidades em 43 países. Ora, segundo o estudo da INRIX, no topo da tabela global, a capital colombiana Bogotá, o Rio de Janeiro, a Cidade do México, Istambul e São Paulo são, por esta ordem, as cinco cidades mais congestionadas do planeta.

Texto editado por Ana Fernandes

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