Rio recusa alinhar em “escalada gratuita de violência verbal” com Costa

Líder do PSD responde à entrevista do primeiro-ministro ao PÚBLICO. Defende que acima dos ímpetos dos políticos deve estar o interesse nacional.

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Rui Rio (PSD) Paulo Pimenta

O presidente do PSD considerou neste domingo que não deve responder às palavras do primeiro-ministro, António Costa (PS), que, em entrevista ao PÚBLICO, o acusou de não ter “pensamento nenhum” sobre qualquer matéria, justificando que “entrar nesta escalada gratuita” é “degradar o diálogo democrático”.

“Ao contrário do que me pedem, acho que não devo responder. Entrar nesta escalada gratuita de violência verbal é degradar o diálogo democrático e dificultar a governabilidade do país”, escreveu o líder social-democrata, Rui Rio, na sua página na rede social Twitter.

“Acima dos nossos ímpetos tem de estar o interesse nacional. É o que eu penso!”, acrescentou o líder social-democrata.

Em entrevista ao PÚBLICO, divulgada este domingo, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS afirmou que Rui Rio “não tem pensamento nenhum ou, se o tem, esconde-o”, acusando o PSD de usar "uma estratégia de guerrilha” para enfraquecer o Governo.

Rui Rio “não tem pensamento nenhum - ou se o tem esconde-o - sobre qualquer matéria de fundo da sociedade portuguesa”, disse o líder do PS, acusando o PSD de ter resolvido “adoptar a estratégia da guerrilha”.

No âmbito do ciclo de dez entrevistas “Portugal... e agora?”, António Costa foi convidado para falar sobre o futuro, mas acabou por recordar episódios do passado mais recente, tais como os bastidores das recentes negociações para a continuação da “geringonça” com o Bloco de Esquerda e PCP.

Sobre estes dois partidos, Costa considerou estarem “numa incerteza de definição estratégica”.

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