Coronavírus

Direção-Geral da Saúde e Polígrafo parceiros na luta contra a desinformação

Fact-checks sobre o COVID-19 são validados por um especialista designado pela DGS antes de serem publicados. O tema do coronavírus “é já um case study mundial” em matéria de informação falsa.

Espanha
Foto
Reuters/RICARDO ROJAS

É sabido que o campo da saúde constitui terreno fértil para a propagação de fake news — e o novo coronavírus não havia de ser exceção. Desde o início, o assunto alimentou as mais diversas teorias (e férteis imaginações), acrescentando um outro nível de preocupação a um momento já por si tão complexo e potenciador do medo. A “publicação e partilha de informação falsa é um dos maiores riscos para a saúde pública, quando se trata de problemas emergentes como o da COVID-19”, assim resume o panorama a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, numa informação divulgada para dar conta da parceria estabelecida entre a DGS e o jornal Polígrafo, “um importante contributo para distinguir informação falsa da fidedigna”.

Desde o início da semana, altura em que foram confirmados os primeiros casos de infeção em Portugal, “todos os conteúdos produzidos pela redação do Polígrafo sobre o coronavírus serão validados cientificamente pela Direção-Geral da Saúde, o organismo máximo de saúde pública em Portugal”, explica o mesmo texto, disponível nos sites do Polígrafo e da DGS. 

A parceria “consiste em identificar, avaliar e classificar a informação que vai sendo publicamente partilhada sobre um tema que é já um case study mundial em matéria de desinformação”. A informação produzida no âmbito deste acordo “pode ser livremente utilizada por qualquer outra publicação, desde que referida a fonte original.” 

Uns dias antes, a Direção-Geral da Saúde lançara um micro-site dedicado ao novo coronavírus. Inclui, entre outros esclarecimentos, um conjunto de perguntas e respostas. Dois exemplos:

Os animais domésticos podem transmitir o COVID-19?
"Não. De acordo com informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir o COVID-19.”

Os antibióticos são efetivos a prevenir e a tratar o novo coronavírus?
"Não, os antibióticos não são efetivos contra vírus, apenas bactérias. O COVID-19 é um vírus e, como tal, os antibióticos não devem ser usados para a sua prevenção ou tratamento. Não terá resultado e poderá contribuir para o aumento das resistências a antimicrobianos.”