Aeroporto do Montijo: CDS diz que “não deu a mão ao PS”

Francisco Rodrigues dos Santos visitou o Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas.

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Francisco Rodrigues dos Santos LUSA/ANDRE KOSTERS

O presidente do CDS reagiu nesta quarta-feira de forma enérgica à polémica sobre o apoio dos centristas ao projecto do aeroporto do Montijo, recusando a ideia de que o partido “deu a mão ao Partido Socialista”.

“O CDS não deu a mão ao Partido Socialista. Isso é absolutamente falso. Quem deu a mão a uma decisão tomada pelo Governo do CDS foi o Partido Socialista”, afirmou, exaltado, Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas, a meio de uma visita ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), no Altice Arena, em Lisboa.

Rodrigues dos Santos explicou a mudança de opinião relativamente à moção que levou e venceu o congresso do partido, em Janeiro, na cidade de Aveiro, com o facto de ainda não ter todos os elementos à data em que o texto foi escrito e recusou entrar “em joguinhos” políticos.

Apesar do apoio à opção pelo Montijo, contestada pelos partidos à esquerda do PS, por exemplo, o líder dos centristas remeteu para o PS e o Governo a responsabilidade quanto a eventuais mudanças na lei, feita no tempo de outro Governo socialista, de José Sócrates, que dá, na prática, o poder de veto aos municípios afetados pela construção do aeroporto que se opuserem ao projecto.

“Isto não desonera o PS agora de ter que dialogar com as câmaras municipais porque esta é uma lei do Governo socialista, na altura era primeiro-ministro José Sócrates. Pedro Marques [ex-ministro das Infraestruturas] durante quatro anos nada fez para abordar o tema e desbloquear esta situação. E temos o ministro Pedro Nuno Santos que tem tido uma atitude belicista face à oposição, que nada ajuda à construção de compromissos”, disse.

Do lado do CDS, o partido tem “deveres éticos e morais de ser sérios” e falar “claro aos portugueses”, conclui Francisco Rodrigues dos Santos, já exaltado, sem responder a mais perguntas dos jornalistas, nomeadamente quanto à abertura de processos disciplinares a três juízes do Tribunal da Relação de Lisboa.

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