Budapeste, a cidade cool que sabe divertir-se

No final do século XIX, foi considerada uma “cidade exemplar”; no final do século XIX viveu o momento do seu apogeu. Mais de um século volvido e duas guerras mundiais depois, Budapeste ressurge em esplendor imperial e não conformismo que a tornam numa cidade que é vintage e cool sem esforço.

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Francisco Romão Pereira
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“Chamam-lhe castelo, parece um palácio, não é um nem outro. Depois da I Guerra Mundial também tivemos monarquia sem rei. Um almirante sem mar…”. Levente diverte-se com as ironias da história de Budapeste e da Hungria que nos vai relatando ao longo de quase três dias e não perde oportunidade de as enfatizar. No Castelo de Buda, aponta os buracos de bala numa parede como exemplo: “Em Budapeste, fazemos um jogo que é tentar adivinhar em que guerra foram feitos”; na Igreja de Matias, um pouco mais adiante, diz que o seu “passatempo é destruir o mito de grande rei de Matias Corvino: foi um tirano odiado no final da vida”; na Praça dos Heróis, perante o Memorial do Milénio, aponta as estátuas dos líderes magiares e conta: “Foram filmados vários filmes pornográficos debaixo dos cavalos, no final dos anos de 1990, início de 2000”. Contudo, na Citadella, o local de onde, conta-nos, Francisco José, imperador austríaco (e mais tarde, rei da Hungria), bombardeava Budapeste (na altura ainda Buda e Peste, duas cidades) na sequência da sublevação húngara de 1848, a ironia mistura-se com o pragmatismo: “Os austríacos foram bons para Budapeste. Sem eles a cidade não seria o que é.”

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