Aos 190 anos, a Confeitaria Nacional é quase oficialmente um monumento

A “confeitaria mais antiga de Lisboa ainda em funcionamento” avança para a classificação como Monumento de Interesse Público. A proposta da Direcção-Geral do Património Cultural foi publicada esta sexta-feira em Diário da República.

Confeitaria Nacional
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Confeitaria Nacional, Lojas com História
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Confeitaria Nacional, Lojas com História
,Lisboa Baixa
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Confeitaria Nacional, Lojas com História

Poucos meses depois de correrem rumores nervosos de que a monumental Confeitaria Nacional, na lisboeta Praça da Figueira, estaria para fechar, eis que agora chega uma boa notícia para os fiéis desta casa de culto e para o comércio tradicional e histórico da cidade. O despacho assinado pela directora-geral do Património Cultural foi publicado esta sexta-feira em Diário da República, propondo à secretária de Estado da Cultura a classificação da confeitaria como monumento de interesse público. 

O projecto de classificação da Confeitaria Nacional, de portas abertas desde 1829, abrange o “piso térreo e primeiro andar, incluindo o património móvel integrado”. O procedimento de classificação foi aberto em 2017 e, agora, a documentação referente ao processo está disponível para consulta pública por 30 dias.

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Confeitaria Nacional, Lojas com História

A casa não só está de portas abertas desde 1829, como junta a isso a “proeza de se manter sempre na mesma família”, como realça a rede Lojas com História, a que pertence, “de geração em geração desde o fundador, Balthazar Roiz Castanheiro”. São seis gerações à frente da casa.

Projectada à “medida das finas patisseries parisienses, porque o gosto chique da época assim ditava”, abriu sem ligação ao primeiro andar não tinha, "tendo já modernamente (em 2004) sido desenhada por Tito Sampaio a escada de leque que agora caracteriza a entrada”.

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Confeitaria Nacional, Lojas com História

Entre as muitas histórias e mais proezas da Confeitaria Nacional, reza a história que foi aqui que foram instalados os primeiros telefones do país, que “ligavam a fábrica à Confeitaria”. E foi graças à confeitaria que o bolo-rei entrou em Portugal, em 1970 — “o confeiteiro Gregório adaptou a receita de Gâteau dês Róis que Baltazar Castanheiro Júnior, filho do fundador, foi buscar a Paris”.

“Firmes em manter a tradição e a qualidade, a Confeitaria Nacional continua a utilizar as receitas originais, sempre com uma selecção criteriosa dos ingredientes. Muitas das receitas têm mais de 180 anos e são ricas em história e tradição”, garante a casa.

Em Novembro, a dias de celebrar o 190.º aniversário, os responsáveis desmentiram os rumores de um possível encerramento. “Vamos ficar no mesmo sítio, esperamos que por muitos anos”, garantia ao PÚBLICO Fernanda Vicente, uma responsável da empresa. No site da confeitaria pode até ler-se: “Pensando num futuro próximo, já nos encontramos a preparar o bicentenário com pompa e circunstância.” Mas antes disso, é quase certo, a Confeitaria Nacional poderá celebrar a declaração oficial de Monumento de Interesse Público. 

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