A caminho de uma terapia para a doença de Machado-Joseph

No sábado assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras e o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra vai receber a visita de pessoas com a doença de Machado-Joseph. É um encontro entre quem investiga e quem vive com a doença.

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Células do cérebro (neurónios a vermelho e glia a verde) obtidas de células estaminais de ratinhos Liliana Mendonça/CNC

Jacinta Costa começou a ter os primeiros sintomas da doença de Machado-Joseph em 2006. Tinha dores nas articulações e desequilibrava-se. Em 2011, teve mesmo de deixar de trabalhar porque a doença já afectava a sua fala. Mas nada a parou. Num Natal, o marido ofereceu-lhe uma bicicleta dupla e, com ela, desloca-se até à fisioterapia e à terapia da fala. Com o seu marido, já se aventurou em provas de BTT ou em viagens maiores até ao Vaticano ou à Suíça. Têm uma página no Facebook e são conhecidos como “O Autocarro do Amor”. Enquanto Jacinta Costa faz vários quilómetros com a sua bicicleta, no laboratório de Luís Pereira de Almeida, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, exploram-se os caminhos para uma terapia para a doença. Espera-se que nos próximos dois anos se tenha aprovação para os ensaios clínicos para uma terapia genética.

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