Coronavírus: O que devem fazer as pessoas que vêm de áreas afectadas?

Em Portugal, a DGS registou 25 casos suspeitos de infecção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite. Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

Foto
JEON HEON-KYUN/LUSA

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) informou esta quinta-feira que não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão activa do novo coronavírus (Covid-19), mas faz recomendações.

Numa nota publicada na sua página online, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária activa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão. No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.

Aconselha também a verificarem se algumas das pessoas com quem convivem de perto desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde. A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (800 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.

“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.

As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo flectido, e não para as mãos.

A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

Além de 2744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de infecção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite. Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

No seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação actual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.

O único caso conhecido de um português infectado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.

Sugerir correcção
Comentar