Sá Fernandes apoia uma eventual candidatura de Ana Gomes a Belém

Dirigente do Livre diz que ponderou deixar o partido na sequência do caso Joacine Katar Moreira.

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Ricardo Sá Fernandes (à direita) Daniel Rocha

Ricardo Sá Fernandes, advogado e dirigente do partido Livre, apoiará Ana Gomes caso esta mude de ideias e avance com uma candidatura à Presidência da República.

Em entrevista ao jornal online Observador, Sá Fernandes diz mesmo que já comunicou à ex-eurodeputada o seu apoio. “Já comuniquei a Ana Gomes que, se ela se candidatar, serei com certeza apoiante dela. A Ana Gomes é um valor da democracia portuguesa, foi uma grande diplomata ligada a um dos feitos mais importantes da nossa democracia que tem a ver com o caso de Timor. É uma mulher corajosa, de bons princípios e séria. Não tenho a mais pequena dúvida de que seria bom que a esquerda se unisse em volta da sua candidatura”, afirma. 

O advogado entende que o Livre não deve ter um candidato a Belém, mas se tiver e Ana Gomes avançar, o seu apoio irá sempre para a socialista. “Independentemente do que o Livre decidir, o meu apoio será seguramente para Ana Gomes”.

Ana Gomes continua a afirmar que uma candidatura a Belém não está nos seus objectivos, mas, ainda assim, várias personalidades da política e da sociedade portuguesa, já vieram a público afirmar que a apoiam caso ela mude de ideias.

Na entrevista ao Observador, Sá Fernandes diz que o seu partido errou ao retirar à confiança a Joacine Katar Moreira, porque “um partido que nasce para unir a esquerda não pode ao fim de um mês ou dois meses romper com a única deputada que tem por razões que não são substanciais, são procedimentais”.

O caso levou mesmo Sá Fernandes a ponderar abandonar o Livre, mas acabou por o não fazer por não ser o seu género. “Neste momento, a minha posição é a de apoiar o Livre a reerguer-se das cinzas e apoiar a deputada Joacine. O Livre é útil à democracia portuguesa e Joacine Katar Moreira pode fazer um bom mandato enquanto deputada independente. Espero que ambos consigam singrar”, afirma ao Observador.

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