Louboutin em retrospectiva. As memórias de infância e as inspirações do sapateiro francês

A exposição, no Palais de la Porte Dorée, em Paris, mostra as inspirações do designer, os pontos de referência da sua carreira e trabalhos de artistas contemporâneos que reinterpretaram o seu trabalho.

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A exposição pode ser visitada até 26 de Julho Benoit Tessier/Reuters
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Christian Louboutin
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O prédio de Paris que inspirou a obsessão do sapateiro Christian Louboutin pelo salto agulha é, a partir desta quarta-feira (e quase meio século depois), lar de uma retrospectiva da sua carreira.

Conhecido pelos seus stilettos altíssimos com uma sola vermelha, que atingem largas centenas de euros, Louboutin ganhou a reputação de ser um dos criadores mais respeitados do mundo da moda a partir dos anos 1990. Segundo consta, pintou pela primeira vez a sola vermelha com o verniz de uma assistente. O que pouca gente sabia é que esta inspiração, em parte, nasceu no Palais de la Porte Dorée, um salão de exposições localizado à beira do Bois de Vincennes, onde o designer costumava ir em criança e onde um sinal de proibição chamou a sua atenção. Tratava-se de uma placa com a fotografia de um sapato de salto alto com uma linha vermelha, proibindo as mulheres de usar stilettos para proteger o chão de madeira — uma imagem que o então jovem Louboutin reproduziu até à exaustão. 

“Devo muito a esse desenho”, assumiu, em declarações à Reuters. Reproduzi-o muitas vezes, mudando um pouco as cores, mudando um pouco a forma, mas sempre desenhei... O perfil de um sapato, sem saber que poderia ser uma profissão.”

A exposição, intitulada Christian Louboutin : L'Exhibition[niste], mostra as inspirações do designer, os pontos de referência da sua carreira e trabalhos de artistas contemporâneos que reinterpretaram o seu trabalho. Entre as peças expostas está a placa que inspirou o primeiro rascunho, mas também os sapatos usados ​​pela sua primeira cliente de sangue real: a princesa Carolina do Mónaco. 

Há ainda uma sala inteira dedicada aos seus sapatos da linha nude, idealizados para combinarem com o tom de pele da utilizadora, e uma instalação feita de prata com um gigante sapato de cristal no meio. Outra secção é dedicada às fotografias que o cineasta David Lynch tirou dos sapatos de Louboutin, descrevendo-os como objectos de fetiche sexualizados. “Não sou fetichista, mas posso entender que no meu trabalho existam elementos que podemos fetichizar”, considerou Louboutin.

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Christian Louboutin Benoit Tessier/Reuters

O pai das solas vermelhas

Nascido em 1963, Christian Louboutin deu os seus primeiros passos na moda em algumas casas parisienses de renome até que, em 1991, abriu uma loja em nome próprio, atraindo uma clientela que incluiu estrelas de cinema, músicos e membros da realeza. Os conhecidos sapatos de sola vermelha acabariam por se tornar um ícone da cultura pop, aparecendo frequentemente na televisão, como na série O Sexo e a Cidade, no cinema e na música – por exemplo, Jennifer Lopez, Kanye West, Drake, Future, Migos, Soulja Boy, Rae Sremmurd, Ty Dolla Sign, Iggy Azalea, entre outros, já fizeram referência aos mesmos.

Até que, numa altura em que trabalhava num protótipo, viu alguém a pintar as unhas. Num impulso, pediu o verniz emprestado e testou-o na sola. “Foi uma revelação”, relembra. Tornou-se uma marca registada e estou feliz por a manter”, recordando a longa batalha judicial para confirmar a patente das solas vermelhas e impedir a marca holandesa Van Haren de comercializar sapatos para mulheres com sola vermelha a preços mais acessíveis.

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Comissariada pelo director do Museu de Artes Decorativas, Olivier Gabet, a exposição pode ser visitada até 26 de Julho, de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30, e aos sábados e domingos, das 10h às 19h. As entradas custam entre 9 e 12 euros, com acesso a todo o museu e aquário.

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