Carnaval em São Paulo cresce e ameaça hegemonia carioca

A metrópole atraiu 15 milhões de pessoas durante o período de festas e recebeu mais “blocos” de rua do que o Rio de Janeiro pelo segundo ano consecutivo.

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Carnaval de São Paulo tem atraído cada vez mais pessoas Reuters/AMANDA PEROBELLI
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Para a generalidade das pessoas, o Carnaval brasileiro é associado ao Rio de Janeiro, de onde vêm as imagens das escolas de samba com os seus carros faraónicos e as plumas coloridas que saem das costas das sambistas a desfilar na Sapucaí animam telejornais de todo o mundo. Porém, São Paulo, a metrópole feia e caótica, onde o rapper Criolo diz não existir amor, está a tirar o título de cidade do Carnaval aos cariocas.

A força dos números é significativa. A Câmara Municipal de São Paulo projectava que a cidade atraísse 15 milhões de pessoas durante o período de festas, movimentando cerca de 2,6 mil milhões de reais (540 milhões de euros) entre a hotelaria e o comércio. Nas ruas da maior cidade brasileira circularam 678 “blocos” de animação que se espalharam por todas as subprefeituras, o que representa uma subida de 38%, de acordo com o jornal Folha de São Paulo. Em comparação, no Rio houve 441 desfiles de rua.

A tendência de crescimento do Carnaval paulista não é nova. No ano passado, São Paulo ultrapassou o Rio pela primeira vez no número de “blocos” de rua.

A insegurança vivida nas ruas cariocas é uma das razões apontadas para que muitos brasileiros troquem o Carnaval do Rio pelo de outras cidades, como São Paulo e até Belo Horizonte, em Minas Gerais. O mau funcionamento dos transportes públicos no Rio e o trânsito durante o Carnaval também pesam na decisão de quem opta por São Paulo.

Mas há também quem aponte a falta de empenho da autarquia do Rio, liderada pelo pastor evangélico Marcelo Crivella, que não esconde o pouco apreço pela folia do Carnaval. Em três anos, o prefeito recusou sempre marcar presença no “sambódromo” durante o desfile das escolas de samba e chegou a defender o fim de subsídios públicos para as escolas – este ano acabou por duplicar as contribuições para as escolas das divisões inferiores.

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