Reencontro de campeões em Londres, Nápoles à espera do sucessor de Maradona

Chelsea tenta ultrapassar barreira dos “oitavos” ante um Bayern intocável. Gattuso pede cabeça erguida frente ao Barcelona.

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Robert Lewandowski durante o treino do Bayern Reuters/MICHAEL DALDER

A Liga dos Campeões reservou para esta noite mais dois encontros da primeira mão dos oitavos-de-final, com três ex-vencedores do troféu a entrarem em acção. 

Em Londres, o Chelsea reencontra o adversário da final de 2011-12, a primeira e única conquistada pelos ingleses, em pleno Allianz Arena, de Munique, dirigida por Pedro Proença. Trauma rapidamente superado pelos germânicos, que, após garantirem o “penta” na edição seguinte da Champions, precisamente na capital britânica (Wembley), numa final alemã com o Borussia de Jürgen Klopp, consumaram a “vingança” na Supertaça Europeia de 2013, igualmente levada para os penáltis. 

Desde então, os bávaros marcaram presença em quatro meias-finais, tendo chegado aos “quartos” em 2016-17, tendo, pela primeira vez em nove edições, caído no ano passado nesta fase, curiosamente aos pés do Liverpool de Klopp, actual detentor do troféu. 

Já para o Chelsea, esta é a oportunidade de voltar a integrar o grupo dos oito melhores da Europa, patamar que os “blues” não alcançam desde 2013-14, somando três eliminações consecutivas nos “oitavos”. À distância de oito anos, o reencontro é, na realidade, apenas para uns quantos sobreviventes (Frank Lampard, agora como treinador dos londrinos, e Neuer, Jérôme Boateng e Müller). 

Em Stamford Bridge, compete ao Chelsea travar a marcha triunfante dos alemães, única equipa a somar por vitórias todos os jogos da fase de grupos, campanha consolidada com 24 golos (a apenas um do recorde de PSG) e com o “matador” Robert Lewandowski intratável, somando 10 golos na prova, em que lidera a lista de melhores marcadores. Lampard, que na última jornada reforçou o quarto lugar da Premier League, frente ao Tottenham de Mourinho, sabe que a última incursão do Bayern a Londres se saldou por uma goleada (2-7) sobre os “spurs”. Nessa medida, com os “blues” a ostentarem a coroa de vencedores da Liga Europa, estão reunidas as condições para um grande duelo, numa altura em que Borussia Dortmund (PSG) e RB Leipzig (Tottenham) marcaram ligeiro ascendente das equipas alemãs na primeira mão destes “oitavos”, com o Liverpool a não passar em Madrid.

Na inversa, sem qualquer tipo de contacto directo no passado, Nápoles e Barcelona disputam a passagem aos “quartos”, fase que os italianos nunca alcançaram (falharam duas tentativas frente a Chelsea e Real Madrid, que venceram as respectivas edições), em flagrante contraste com as 12 presenças consecutivas dos catalães. 

No San Paolo, onde o Nápoles iniciou a caminhada com uma vitória (2-0) ante o Liverpool, Gennaro Gattuso respeita o colectivo do Barça, novo líder em Espanha (condição que discutirá dentro de quatro dias em Madrid). Mas o técnico italiano - que pede um Nápoles “de cabeça erguida, sem medo de um adversário que possui algo mais” - não deixa de destacar Messi, que classifica de “perfeito”, capaz de “fazer coisas impossíveis”, evitando apenas comparações com Maradona, deus do futebol e do San Paolo.

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