Grande maioria das reuniões agendadas para a interrupção de Carnaval foi adiada

Segundo a Fenprof, as reuniões da manhã desta segunda-feira não se realizaram por greve dos professores na única escola em que continuaram convocadas.

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Protesto dos professores contra as irregularidades nos horários de trabalho começou há mais de um ano. Nuno Ferreira Santos

A grande maioria das escolas que chegaram a prever reuniões para esta segunda-feira foram adiadas, e as que continuaram convocadas não se realizaram por causa da participação dos professores na greve, avançou a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em comunicado.

Tal como tinha anunciado no plenário nacional de professores e educadores, dia 12 de Fevereiro, a greve incide sobre todas as actividades marcadas pelas escolas para os dias da interrupção lectiva do carnaval. A acção da Fenprof está enquadrada na “luta dos professores contra o sobretrabalho”, pode ler-se na nota.

Segundo Mário Nogueira, das “várias dezenas de escolas” que tinham previsto reuniões para esta segunda-feira, apenas o Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade, em Mesão Frio, manteve oito reuniões convocadas, sendo que as quatro agendadas para a manhã não se realizaram “porque os professores fizeram greve”.

O líder da Fenprof adiantou que as reuniões para esta segunda-feira e para quarta-feira, dia 26, foram marcadas “não porque eram necessárias, mas como retaliação” à greve que os professores têm vindo a realizar a estas horas extraordinárias.

Ao PÚBLICO, o dirigente sindical lembrou que a luta da Fenprof “contra os abusos e ilegalidades” em relação aos horários de trabalho dos professores já dura há bastante tempo, sem que o Ministério da Educação tenha feito qualquer coisa para resolver o problema.

“O número de professores no sistema teve uma redução muito forte nos últimos anos, muito para lá daquela que foi a redução do número de alunos”, lembrou o secretário-geral da Fenprof.

Resultado disso, os professores que se mantiveram nos quadros foram “acumulando horas”. Em média, diz Mário Nogueira, os professores estão a trabalhar mais de 46 horas, “quase um terço acima” das 35 horas semanais previstas por lei.

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