Benfica em missão tripla: sair da crise, jogar bem e recuperar liderança

Bruno Lage, treinador do Benfica, não quer apenas regressar aos triunfos. Quer o Benfica a jogar bem e aponta melhorias ofensivas como solução da crise “encarnada”.

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André Almeida e Kraev em duelo na primeira volta, na Luz LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O duelo entre Gil Vicente e Benfica (19h30, SPTV1) será, antes de qualquer outra coisa, um teste ao estofo de campeão dos “encarnados”. Em plena crise, o Benfica jogará por duas coisas: vencer – algo que não faz há quatro jogos – e, por extensão, recuperar a liderança da I Liga, perdida para o FC Porto neste domingo. Se o fizer, mostrará força mental num momento delicado e de grande pressão. Mas Bruno Lage acrescentou uma terceira dimensão a este cenário: o de jogar bom futebol.

O técnico “encarnado” não quer apenas vencer e, mesmo numa altura de crise, crê que a equipa tem de jogar bem. “A equipa precisa de jogar com qualidade e de vencer”, apontou, na antevisão da partida. E, apesar dos recentes problemas defensivos do Benfica, Lage apontou a uma solução ofensiva: “Estamos preocupados com o facto de estarmos a sofrer golos, mas temos de marcar golos (…) só dependemos de nós para sair deste momento e isso passa por marcar mais golos”.

Para fazer isto, o Benfica terá, provavelmente, de apelar à eficácia. É que o Gil Vicente, descontando Benfica, FC Porto, V. Guimarães e Sp. Braga, é a equipa da I Liga que menos remates por jogo concede aos seus adversários (dez).

Mais: não tem sido fácil sair de Barcelos a sorrir. O Gil Vicente já superou FC Porto e Sporting em casa, nesta temporada, pelo que um hat-trick de vitórias frente aos “grandes” seria um marco importante para uma equipa tranquila na tabela (não chegará à Europa, mas também dificilmente descerá de divisão).

“Já jogamos em casa com FC Porto e Sporting e conseguimos bons resultados. Temos, agora, a expectativa de fazer o pleno com os três “grandes”. É uma ideia que está na cabeça dos jogadores, disse Vítor Oliveira, técnico dos barcelenses, que conta, apenas com 16 jogadores de campo para defrontar o Benfica.

Este jogo será, também, um duelo entre equipas em momentos mentais diferentes. O Benfica surge dos já referidos quatro jogos sem vencer – e pressionado pela perda da liderança da I Liga –, enquanto o Gil está numa boa fase, depois de um triunfo em Setúbal e um empate em Braga – foi a única equipa portuguesa a travar o Sp. Braga de Rúben Amorim, algo que atesta a competência frente a equipas mais categorizadas.

Apesar desta diferença anímica, Vítor Oliveira mostrou-se “desconfiado”. “Não podemos subestimar o Benfica, porque os jogadores do Benfica vêm cá com o orgulho ferido. As grandes equipas não devem perder três vezes seguidas e este tipo de situações fazem as equipas transcenderem-se”, alertou.

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