Entrada em falso resultou na primeira derrota de Portugal

A selecção portuguesa de râguebi sofreu neste sábado na Rússia a primeira derrota no Rugby Europe Championship 2020.

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Depois de vencer a Bélgica e a Roménia em solo português nas duas primeiras jornadas do Rugby Europe Championship 2020, Portugal desperdiçou neste sábado uma excelente oportunidade de manter o registo 100% vitorioso na divisão de elite da Rugby Europe. No enclave russo de Kaliningrado, o “XV” português teve uma entrada em falso na partida, o que permitiu que a Rússia conquistasse 13 pontos de vantagem ao fim de meia hora. Na segunda parte, a supremacia de Portugal foi absoluta, mas a excelente reacção não chegou para evitar a derrota, por apenas um ponto (19-18).

Após conseguir dois triunfos que deixavam a manutenção no Rugby Europe Championship praticamente garantida, Portugal viajou para a Rússia com menos trunfos do que teve há duas semanas contra a Roménia (baixas de jogadores importantes no “pack” avançado: Mike Tadjer, Jean Sousa ou José Rebello Andrade), e, nos primeiros 40 minutos em Kaliningrado, os avançados portugueses perderam a luta com os russos.

Logo no terceiro minuto, a Rússia conseguiu chegar ao ensaio (seria o único dos russos no jogo), numa jogada em que Portugal não conseguiu travar a supremacia da formação-ordena do XV adversário.

Apesar de defenderem bem, vários erros no ataque impediam que os Lobos tivessem bola, e a Rússia soube capitalizar as falhas portuguesas. Com Ramil Gaisin em evidência – o “10” do Enisei teve irrepreensível no jogo ao pé -, a Rússia chegou à meia hora com 13 pontos de vantagem, mas na primeira vez que Portugal conseguiu colocar em prática o seu jogo à mão, chegou ao ensaio: após uma boa combinação entre avançados e linhas-atrasadas, o capitão Tomás Appleton fez o toque de meta.

Com 13-7, o jogo estava relançado, mas antes do intervalo Portugal voltou a mostrar alguma indisciplina, o que resultou em duas penalidades que Gaisin aproveitou: 19-7.

O jogo na segunda parte foi, no entanto, totalmente diferente. Com a entrada de Diogo Hasse Ferreira e os russos a evidenciarem cansaço, Portugal passou a ter superioridade nas formações-ordenadas e alinhamentos. Com isso, a bola chegava com mais facilidades aos três-quartos e a Rússia passou a estar sob pressão.

Com os Lobos por cima, as oportunidades para pontuar passaram a surgir e duas penalidades de Dany Antunes colocaram a diferença em seis pontos (19-13). A meio da segunda parte, um amarelo para João Lima parecia ser um travão para Portugal, mas mesmo em inferioridade numérica durante dez minutos o XV português manteve a superioridade, que seria premiada com novo ensaio, desta vez finalizado pelo defesa Manuel Cardoso Pinto.

Com uma dezena de minutos por jogar, o ponto de desvantagem (19-18) não parecia um entrava à terceira vitória portuguesa no Championship, mas nos últimos minutos uma penalidade a 40 metros falhado por Dany Antunes e uma decisão controversa do árbitro da partida (passe para a frente que pareceu mal ajuizado), impediram a reviravolta, que se justificava pela excelente segunda parte portuguesa.

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