Formação de 40 horas

Literacia para os media e jornalismo: professores podem inscrever-se até 2 de março

Ação resulta de uma parceria entre a Direção-Geral da Educação, o Sindicato dos Jornalistas e o Cenjor. Nos próximos meses, oficina de formação irá decorrer em Bragança, Braga, Figueira da Foz, Covilhã, Santarém, Lisboa, Cascais, Setúbal, Sines e Lagos.

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Paulo Pimenta

O prazo de inscrição acaba de ser prolongado por mais uma semana. Os professores interessados em participar na oficina de formação "Literacia para os media e jornalismo: práticas pedagógicas com os media e acerca dos media”, orientada por jornalistas e professores de jornalismo e comunicação, podem inscrever-se até ao dia 2 de março (links aqui), anunciou a Direção-Geral da Educação. De Bragança a Lagos, as ações terão lugar, em simultâneo, em dez cidades, aos sábados de manhã: 7  e 28 de março; 18 de abril; 9 e 30 de maio. São, ao todo, 40 horas, metade das quais presenciais.

A proposta de intervenção nesta área surgiu no seguimento do 4.º Congresso dos Jornalistas Portugueses, realizado em janeiro de 2017 e no qual foi aprovada uma moção a considerar urgente promover a literacia para os media. Dois anos depois, arrancava o projeto-piloto, que ao longo de quatro meses “formou uma centena de professores do 3.º ciclo e do secundário, docentes em 40 agrupamentos de escolas das regiões Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve”, recorda o Sindicato dos Jornalistas no seu site. O balanço dessa primeira experiência foi apresentado, em setembro de 2019, num encontro que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Por parte da DGE, com esta aposta na formação no domínio da literacia para os media "pretende-se desenvolver competências para uma cultura de democracia e de aprendizagens com impacto na atitude cívica e individual, no relacionamento interpessoal e no relacionamento social e intercultural, de modo a que os estudantes alcancem o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.” O que passa por “contribuir para o desenvolvimento do seu pensamento crítico, “nomeadamente no que se refere às competências de leitura e de análise da informação, de forma crítica e autónoma”.

“Ou é com os mais novos que se começa a gostar de ler, e de ler jornais, a gostar de ouvir a rádio falada, noticiada, e o mesmo quanto à televisão, ou então não é mais tarde que se adquire o hábito da leitura, o apreço pelo papel do jornal, a consideração pela importância da rádio e da televisão. E a nossa democracia precisa, porque não há nenhuma democracia forte com comunicação social fraca”, defendeu o Presidente da República numa mensagem gravada e integrada na sessão de abertura do encontro na Gulbenkian, em setembro passado.