Gigante Cees Bol vence ao sprint na Volta ao Algarve

O ciclista holandês foi o primeiro a atacar, mas manteve a dianteira na chegada a Tavira. Neste sábado haverá luta pela geral.

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Bol celebra em Tavira DR

Cees Bol (Sunweb) venceu a terceira etapa da Volta ao Algarve. Nesta sexta-feira, o gigante holandês, um dos mais altos do pelotão, bateu o italiano Sasha Modolo (Alpecin) e o compatriota Jakobsen, num sprint em Tavira, conquistando o primeiro triunfo na prova. O belga Evenepoel mantém a camisola amarela e só amanhã esse posto poderá estar em risco.

Para esta terceira etapa da “Algarvia”, os ciclistas tinham agendada uma chegada a Tavira, com um “prometido” final ao sprint. E ganhar em Tavira significaria, para além do benefício desportivo, um marco histórico: o de entrar numa galeria de ilustres vencedores na cidade algarvia – lá já venceram Lance Armstrong (2000), Cândido Barbosa (97 e 99), Alberto Contador (2009) e, mais recentemente, sprinters de nível mundial como como Greipel, Kittel e Groenwegen.

A etapa parecia ter, pelo perfil do percurso e pelo histórico recente, um inevitável final ao sprint. Isso não foi, ainda assim, motivo para demover aventureiros. Logo nos primeiros metros da tirada, Gotzon Martin (Fundación-Orbea), Aleksandr Grigorev (Tavira) e Tiago Antunes (Efapel) escaparam do pelotão, que deu aos fugitivos quatro minutos de vantagem.

A cerca de 60km para a meta, começou o trabalho da Cofidis, para Viviani, primeiro, e da Quick-Step, para Jakobsen, depois. A diferença não caiu rapidamente, mas caiu com cadência suficiente para parecer condenar qualquer hipótese de a fuga vingar em Tavira.

O pelotão seguiu compacto até perto da meta e, no sprint final, Cees Bol foi o primeiro a atacar. Ainda pareceu que Jakobsen conseguiria ultrapassar Bol, mas o “gigante” da Sunweb conseguiu manter a dianteira, numa demonstração de potência, primeiro, e resistência, depois. Nota para Viviani, um dos favoritos, que ficou mal colocado na etapa (sétimo lugar), não conseguindo sprintar com os melhores.

Muito sorridente no final da etapa, Bol elogiou o trabalho da equipa e explicou o ataque final. “Os rapazes foram muito fortes hoje”, reconheceu. E acrescentou, sobre o sprint: “Mal vi o sinal de 200 metros saí e aguentei-me até à meta”.

Neste sábado, a etapa quatro poderá ser ajudar a desenhar a classificação final. Antes do contra-relógio final, esta será a última oportunidade para os principais trepadores tentarem fazer diferenças e defenderem-se do “crono” final – onde o camisola amarela, Evenepoel, estará no seu elemento predilecto.

Haverá duas passagens pelo Malhão, a segunda a coincidir com uma chegada em alto que terá de ser atacada. Trata-se de uma subida mais curta do que a da Fóia, há dois dias (esta tem apenas três quilómetros), mas com zonas mais duras – há fases da subida acima dos 10% de inclinação, perfeitas para deixar para trás homens mais pesados e separar o trigo do joio em matéria de classificação geral.

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