Philippe Besson desconfia dos livros militantes, deixam-no inquieto

Deixa-te de Mentiras é uma bonita história de amor entre dois rapazes, adolescentes na província francesa dos anos 80. É a história de Philippe Besson, o seu primeiro amor, e um best-seller elogiado pela crítica. O primeiro volume de uma trilogia em que a autoficção lhe permitiu atingir a universalidade.

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nuno ferreira santos

Philippe Besson está sentado no café da Livraria Bertrand, no Chiado. Gosta muito de Lisboa, fez da cidade cenário para Les Passants de Lisbonne (éd. Julliard, 2016). “Venho cá muitas vezes, mas sou um turista aqui. Um francês em terra estrangeira. Era disso que queria falar.” O romance, que não está editado em português, conta a história de duas pessoas, que não se conhecem, em Lisboa. “Vivem uma solidão extrema porque perderam quem amavam em circunstâncias diferentes. Faço uma correspondência entre esta cidade e a de São Francisco, nos Estados Unidos. A personagem perdeu o marido num terramoto em São Francisco e vem refugiar-se em Lisboa”, explica o escritor que veio lançar Deixa-te de Mentiras (Sextante Editora), um dos seus outros livros.

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