Napoleão, o homem que comia e escrevia em cima do cavalo

Napoleão ou O Complexo de Épico é a Companhia do Chapitô a atirar-se, até 15 de Março, à vida do imperador francês. A partir de uma figura complexa, contraditória e permeável ao humor.

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Com a habitual criatividade que põem em cena, os actores do Chapitô (Jorge Cruz, Tiago Viegas e Susana Nunes na pele de Napoleão Bonaparte), recorrem a objectos quotidianos para contar a sua história Frank Saalfeld
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Depois de uma visão pessoal de Hamlet cuja carreira os manteve entretidos durante um par de anos, ao avançarem para uma nova criação os encenadores e actores da Companhia do Chapitô começaram por pensar em trabalhar sobre ditadores. E andaram uns tempos a pensar qual o ditador ou o período da História em que se concentrariam. “Está na altura de falar deles”, justifica o encenador José C. Garcia. “Isto [a ditadura] está a voltar e é perigoso.” E foi nesse processo de busca de algum perfil que se encaixasse na abordagem atravessada pelo humor particular da companhia que esbarraram em Napoleão Bonaparte. “Napoleão como uma das primeiras figuras dos tempos modernos, um ditador, um tirano ou um imperador, mas com uma história extraordinária”, diz Garcia. Em pouco tempo, o factor de maior atracção tornou-se a sensação de falsa proximidade: Napoleão é um daqueles nomes que estão na ponta de qualquer língua mas sobre o qual, como notou o actor Jorge Cruz durante a preparação do espectáculo, “ninguém tem uma imagem muito definida” — as pessoas gostam ou não, sustentadas em duas ou três ideias soltas.

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