Na semana passada, as nomeações para a segunda edição dos Play - Prémios da Música Portuguesa de 2020 colocaram o disco Respeitosa Mente, de Ricardo Ribeiro, entre os candidatos a Melhor Álbum de Fado editados em 2019. Só que, para Ricardo Ribeiro, o seu álbum não é de fado, pelo que o intérprete pediu para ser retirado da corrida. Assim, no próximo dia 25 de Março, no Coliseu de Lisboa, concorrerão ao prémio nesta categoria apenas os discos Aqui está-se Sossegado, de Camané e Mário Laginha, Roubado, de Aldina Duarte, Um Fado ao Contrário, de Pedro Moutinho, e Puro, de Matilde Cid.

Num comunicado, a organização dos prémios justifica a retirada: “É entendimento do artista Ricardo Ribeiro que este trabalho não deve ser integrado na categoria de fado, entendimento este que, para a PassMúsica, promotora dos Play, é soberano e assim será respeitado.”

Numa entrevista ao PÚBLICO publicada em Abril, Ricardo Ribeiro explicava que “como o fado” era “uma coisa que” cantava “desde criança”, sempre tinha querido “fazer coisas diferentes”. Num comunicado publicado esta terça-feira na sua página oficial de Facebook, escreveu: “Sempre disse que este álbum não é de Fado. Se um dia será Fado, cabe ao tempo e aos Homens a decisão: ‘Hoje não é, Amanhã não sei’. Por uma questão de princípios e valores que me regem, recusei a nomeação.”

Os artistas mais nomeados nesta segunda edição dos Play são Slow J e Capitão Fausto, ambos com três nomeações.