Gaia quer Metro do Porto a gerir serviço de metrobus no concelho

Município está a negociar com o MInistério do Ambiente a possibilidade de a Metro tomar conta do serviço que pretende instalar na EN222.

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Imagem representativa do projecto a desenvolver na En 222 DR

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia revelou esta segunda-feira que está em negociações com o Ministério do Ambiente para que seja a Metro do Porto a gerir os corredores de metrobus que estão a nascer no concelho. “Conto, no próximo mês, fechar a negociação”, disse Eduardo Vítor Rodrigues que falava aos jornalistas depois de uma reunião camarária, na qual, esta manhã, foram aprovadas expropriações na freguesia de Oliveira do Douro que visam a abertura de um corredor de metrobus na Avenida Vasco da Gama, Estada Nacional 222 (EN222).

A obra na EN222 - entre a avenida D. João II e os Arcos do Sardão - está em fase de concurso e o autarca de Gaia conta vê-la no terreno “no espaço de um ano”. Eduardo Vítor Rodrigues garantiu que as expropriações estão a decorrer de forma “amigável”, sendo que as nove parcelas que estiveram em causa na proposta de expropriação, levada a discussão na reunião de câmara, custarão ao município 17 mil euros. E contou que tem feito reuniões com a Metro do Porto e com o Ministério do Ambiente para discutir este projecto.

“A questão que se coloca no metrobus é: quem o vai gerir? A câmara faz a obra e, quanto muito, comparticipa a compra do material circulante, mas a câmara não gere autocarros. E a minha expectativa é que seja a Metro, porque o metrobus é um sucedâneo do metro, mas fora de carril. Isso também nos garantiria a generalização do modelo de bilhética”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

Em Agosto de 2019, a Câmara de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, anunciou que ia lançar um concurso internacional para a construção da primeira fase do corredor metrobus. O investimento anunciado era de cerca de 3,8 milhões de euros e, de acordo com comunicado da época, o projecto enquadrava-se “na requalificação e reordenação total daquela avenida [Avenida Vasco da Gama], um eixo viário municipal estruturante que liga diversas freguesias e se afigura como uma das vias mais importantes no panorama viário concelhio”.

Agora, Eduardo Vítor Rodrigues voltou a defender que “em alguns casos, não é viável do ponto de vista financeiro fazer obra de metro sem destruir a envolvente”, como diz ser o caso da EN222, razão pela qual quer implementar ali “uma solução mais leve e mais equilibrada”. O metrobus opera numa faixa de rodagem exclusiva, para evitar o congestionamento do trânsito, e inclui estações, veículos e sistemas inteligentes de tráfego num sistema integrado e flexível. Depois do troço na EN222, seguir-se-á a extensão da solução até à rotunda de Avintes e, posteriormente, até Lever.

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